Operação Redenção

Vereador suspeito de facilitar fuga de detento é preso em Valparaíso

O vereador do município de Novo Gama Christovam Machado (PSDC) foi preso nesta segunda-feira (18),…

O vereador do município de Novo Gama Christovam Machado (PSDC) foi preso nesta segunda-feira (18), suspeito de facilitar a fuga de um reeducando da Casa de Prisão Provisória (CPP) de Luziânia, no entorno do Distrito Federal (DF). O parlamentar, que estava foragido, se apresentou voluntariamente à delegacia de polícia de Valparaíso, também no entorno do DF.

De acordo com a Polícia Civil (PC), além de parlamentar, Christovam era também agente prisional temporário em Luziânia e teria recebido dinheiro para permitir que Rodolfo de Lima Pereira saísse da CPP pela porta da frente no dia 6 de agosto deste ano. O detento ainda está foragido e é considerado de alta periculosidade.

O esquema de facilitação de fugas da unidade prisional é investigado pela PC pela Operação Redenção. Outras três pessoas foram presas depois que a apuração começou. Entretanto, todas foram soltas e respondem pelo crime em liberdade.

Resposta

O advogado do vereador, Carlos Augusto Rodrigues Xavier, afirmou por meio de nota que o cliente é inocente e que não existe qualquer prova contra ele. O texto diz ainda que a decisão de prender o parlamentar é “notoriamente injusta”, uma vez que ele não cometeu crime algum.

Relembre o caso e o envolvimento do vereador

A Operação Redenção prendeu um agente prisional e um funcionário daPprefeitura cedido à CPP, no dia 24 de setembro. O parlamentar e um ex-diretor regional do sistema prisional, junto com os dois presos, supostamente operavam um esquema remunerado pelos detentos para terem fugas facilitadas.

O delegado responsável pelo caso, Rafael Abrão, explicou que a investigação começou com a fuga de Rodolfo, que foi encarregado de trabalhar na pintura da área externa da unidade prisional. Os supostos pagamentos feitos por ele para ter a fuga facilitada ainda estão sob apuração.

Em 30 de julho passado, o Sindicato dos Agentes Prisionais de Goiás emitiu um alerta sobre a possibilidade de fuga do preso. O sindicato afirmou que não existia histórico de trabalho como pintor por parte do detento.

A Polícia não divulgou os nomes dos demais investigados. Em contato com a CPP na manhã de quarta-feira (25), agentes confirmaram que Rodolfo não retornou ao presídio e não foi registrada nenhuma outra fuga. Entretanto, o delegado investiga a existência de outros planos do grupo, casos que ainda não foram qualificados.

 

*Com informações do G1