Poêmica

Vereadores aprovam mudança de nome da avenida Castelo Branco, em Goiânia

O placar final foi de 16 votos favoráveis e oito contrários, totalizando 24 votantes. A matéria segue para sanção do prefeito

Em nova sessão tumultuada, os vereadores aprovaram, em segunda e última votação realizada nesta quinta-feira (17), projeto de lei que altera o nome da avenida Castelo Branco para Agrovia Iris Rezende Machado, em Goiânia. O placar final foi de 16 votos favoráveis e oito contrários, totalizando 24 votantes. O projeto segue a para a sanção do prefeito em exercício, Romário Policarpo (Patriota).

A exemplo de outras sessões em que a pauta foi colocada na ordem do dia, a sessão desta quinta contou com discussões acaloradas, inclusive com paralisação da plenária. Lembrando que a matéria chegou a ser colocada em pauta na quarta-feira (16), mas após manobra do autor, o vereador Clécio Alves (Republicanos), que presidia a sessão, acabou sendo adiada.

A mudança de nome da Avenida Castelo Branco chegou a ser aprovada, mas foi vetada pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos). O veto foi analisado pelos vereadores e acabou sendo mantido após pressão de empresários da região. Assim, Clécio Alves colocou outro projeto semelhante em pauta.

Discussões no plenário

O vereador Pedro Azulão Jr. (PSB) criticou a falta de empresários e trabalhadores da Avenida Castelo Branco nas galerias da Câmara, como ocorreu na quarta-feira. O parlamentar disse que ser contra a mudança é “dar um voto de confiança para os trabalhadores e empresários”.

Anderson Sales (PRTB) chegou a fazer pedido de vistas, que foi negado com votação. O argumento do parlamentar é que as vistas seria para análise sobre o projeto e ver se havia garantia para os empresários não terem prejuízos com a mudança do nome.

Já Lucas Kitão (PSD) salientou que a discussão não é sobre Iris Rezende e Castelo Branco, mas sobre o impacto econômico da mudança. “Todo mundo sabe bem disso. Estamos falando de emprego, o que move o Brasil.

Sargento Novandir (Avante) taxou o projeto de “vaidade” de Clécio Alves e de “covardia”, pois os 600 empresários seriam contrários à mudança. “Não tem explicação fazer isso com os trabalhadores… Tenho certeza que se Iris Rezende estivesse vivo, ele diria que não gostaria dessa homenagem”, disse.

Clécio Alves rebateu dizendo que os empresários terão cinco anos para fazer as mudanças e que os impactos financeiros ficariam na ordem de R$ 600. “Fico me perguntando qual é o motivo de não homenagear o maior político da história de Goiás”, indagou.

O projeto foi posto para votação no painel eletrônico.

Voto de cada vereador

Votaram favoráveis ao projeto os seguintes vereadores: Aava Santiago (PSDB), Anderson Sales Bokão (PRTB), Anselmo Pereira (MDB), Geverson Abel (Avante), Igor Franco (PRTB), Izidio Alves MDB), Juarez Lopes (PDT), Kleybe Morais (MDB), Léo José (Republicanos), Mauro Rubem (PT), Paulo Henrique (PTC), Paulo Magalhães (União Brasil), Pastor Wilson (Brasil 35). Sandes Jr (PP), Thialu Guiotti (Avante) e Welton Lemos (Podemos).

Foram votos contrários os vereadores Cabo Senna (Patriota), Gabriela Rodart (PTB), Léia Klébia (PSC), Lucas Kitão (PSD), Lucíola do Recanto (PSD), Pedro Azulão Jr (PSB), Raphael da Saúde (DC) e Sargento Novandir (Avante).