Vereadores e diretora da Câmara de Inhumas são afastados por suspeita de corrupção
Suposta licitação criminosa teria sido feita para a reforma da Câmara Municipal. Com um vereador foram apreendidos R$ 8.900 em espécie
A Polícia Civil deflagrou, nesta quinta-feira, a operação Big Boss, que investiga a suspeita de prática de crimes de fraude de licitação, corrupção passiva, corrupção ativa e associação criminosa na Câmara Municipal de Inhumas. Ao todo, a polícia cumpriu 12 mandados judiciais de busca e apreensão. Por decisão da justiça, dois vereadores e uma diretora da Câmara foram afastados de seus cargos.
Os crimes teriam sido praticados no âmbito da reforma do prédio da Câmara, que fica na Praça Santana, no centro de Inhumas.
Segundo o delegado Miguel Mota, as investigações começaram depois da prisão de um dos envolvidos no esquema. “Esse indivíduo atuava sob o comando de um vereador e, a partir da prisão dele, investigamos os outros suspeitos. Descobrimos fortes indícios de que a licitação foi fraudada. As empresas que participaram do certame sequer possuem sede”, conta o delegado.
Mota diz que a empresa que ganhou a licitação não tinha estrutura suficiente para realizar o serviço. “Houve uma subcontratação ilegal para uma outra empresa, onde o proprietário é irmão do indivíduo que foi nomeado fiscal de contrato da licitação. Ou seja, houve manipulação para que essa empresa ganhasse e fizesse o pagamento da propina aos envolvidos”.
A polícia apreendeu computadores, celulares, documentos contábeis e notas fiscais. Na casa de um dos vereadores, foram apreendidos R$ 8.900 em espécie. Os alvos da ação já foram interrogados e a PC vai analisar as provas obtidas na operação para aprofundar as investigações.