Pandemia

Vereadores rejeitam proposta de exigência de cartão de vacinação em bares de Aparecida

A medida deve ser avaliada pelos participantes do Comitê de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 (COE) na próxima reunião do comitê

Foto: Enio Medeiros - SecomAparecida

A proposta da exigência de cartão de vacinação para entrada em bares de Aparecida causou manifestações contrárias à medida na sessão da Câmara Municipal do município na manhã desta terça-feira (17). A medida deve ser avaliada pelos participantes do Comitê de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 (COE) na próxima reunião.

Durante a sessão da Câmara, o vereador Hans Miller se disse indignado com a possibilidade de cobrança de qualquer tipo de documento que ateste a vacinação contra Covid-19 como exigência para circular em lugares públicos ou privados.

“É fato que as vacinas foram eficazes para diminuir o número de mortes por coronavírus. Existem indícios de que quem já teve Covid-19, também desenvolve imunidade. Temos como cláusula pétrea da constituição, a liberdade de escolher, de ir e vir”, disse o parlamentar.

O vereador elogiou o trabalho do COE durante a pandemia mas, e manifestou contrário à proposta. “Eu naõ tenho coragem de defender algo dessa natureza. A vacina é importante sim, mas não podemos deixar que esse cerceamento de liberdade aconteça em Aparecida”, pontuou.

COE vai discutir obrigatoriedade de cartão de vacinação

Após a declaração de Hans Miller, o vereador Edinho, que participa do COE, confirmou que a pauta entrará na discussão da próxima reunião e também se manifestou contrário à adoção da medida. Edinho afirmou que irá levar aos outros integrantes do conselho o posicionamento dos vereadores da Casa.

“Brecha”

Ao Mais Goiás, o vereador Gleison Flávio também se manifestou contrário à adoção da medida de obrigatoriedade de vacinação para entrada em bares de Aparecida.

Gleison afirmou ainda que a medida pode dar brechas para exigência de apresentação de documentos que comprovem a não infecção de outros tipos de doenças. “Amanhã ou depois, você vai querer ir em uma boate, por exemplo e eles vão perguntar cadê a carteira de que prove que você não tem sifilis ou HIV”, completou o parlamentar.