IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Vice-prefeito de Goiatuba usou cimento da prefeitura para construir muro de casa, diz MP

Justiça determinou bloqueio de bens do gestor e do ex-secretário de obras da cidade

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A justiça decretou o bloqueio de bens do vice-prefeito do município de Goiatuba, Gilberto Borges de Oliveira, e do ex-secretário de obras da cidade, Luciano Ferreira Santana. A decisão foi tomada em uma ação de improbidade administrativa feita pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), que investiga o desvio de tijolos de cimento da prefeitura para a construção dos muros da residência do ex-prefeito.

De acordo com o MP-GO, o crime teria acontecido em setembro de 2017. Com a ajuda de Luciano, Gilberto teria utilizado entre 1,8 mil e 2,4 mil blocos de cimento do Centro de Obras do Poder Público. Os blocos foram produzidos e transportados por servidores públicos municipais sob ordens do então secretário.

O promotor responsável pelo caso, Rômulo Corrêa da Paula, afirmou que cada bloco de cimento é avaliado em aproximadamente R$ 2,00. Considerando a quantidade estimada que foi utilizada na casa do vice-prefeito, o prejuízo estimado é de R$ 3,6 mil, sem contar os custos com transporte e salários dos servidores.

A juíza Lívia Vaz da Silva decretou que fossem bloqueados R$ 114,4 mil de Gilberto, dos quais R$ 100 mil são de danos morais coletivos, R$ 3,6 mil de danos materiais e R$ 10,8 mil de multa civil. Já Luciano teve R$ 110,8 mil em bens bloqueados. Destes, R$ 100 mil são de danos morais coletivos, R$ 3,6 mil de danos materiais e R$ 7,2 mil de multa civil.

O Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa dos acusados até o fechamento da matéria, às 18h01. O espaço está aberto para manifestação.