Vídeo: delegada anuncia prisão de alunos suspeitos de fraude para cursar medicina durante aula
A Polícia Civil (PC) anunciou a prisão dos estudantes suspeitos de fraudarem documentos para cursar…
A Polícia Civil (PC) anunciou a prisão dos estudantes suspeitos de fraudarem documentos para cursar medicina ainda em sala de aula. No vídeo que o Mais Goiás teve acesso é possível ver a delegada Taísa Antonello fazendo o anúncio.
Ao todo, 19 alunos foram presos. 17 estudam em Goianésia, um em Formosa e o outro em Barreiras, Bahia. Eles foram detidos na quarta-feira (27).
“Nós identificamos um problema em uma documentação de vocês e, em decorrência disso, nós vamos ter que conduzir vocês para a delegacia para fazer o oitiva de vocês em relação a documentação”, diz a delegada após se apresentar.
Segundo ela, o juiz de Rio Verde emitiu, também, um mandado para pegar os celulares. Depois disso, ela afirma que eles sairão de forma ordeira, um por um, e, na delegacia, poderão ligar para os familiares.
O portal perguntou à assessoria da Polícia Civil se os estudantes ainda estão presos. A PC, informou, que as audiências de custódia ainda não aconteceram, ou seja, todos seguem detidos.
Caso
Os 19 alunos de medicina presos suspeitos de ingressarem o curso com documentos falsos pagaram entre R$ 40 mil e 80 mil para conseguir a documentação ilícita para a transferência deles para oito faculdades de Goiás e da Bahia. Denominada Clandestinus, a operação foi deflagrada nesta quarta-feira (27).
Agora, a corporação quer saber se todos os investigados realmente estudaram no Paraguai ou se já estavam concluindo o curso sem terem participado das aulas teóricas. De acordo com a corporação, ao menos 60 pessoas tentaram ingressar no curso de medicina da Universidade de Rio Verde (UniRV) com documentos falsos.
Segundo a PC, a investigação teve início há cinco meses após representantes de uma universidade goiana procurarem a corporação. A instituição informou que recebeu denúncia anônima de que alguns estudantes, muitos deles já na fase de internato e que prestavam atendimento à população, teriam conseguido transferência de outras universidades, por meio de documentações falsas.
“Como as universidades do Brasil, que oferecem o curso de medicina, não aceitam a transferência de alunos vindos de instituições do Paraguai, eles falsificaram documentos como se tivessem iniciado o curso em faculdades brasileiras, e assim conseguiram vagas em Goianésia, Formosa e em Barreiras”, destacou o delegado Danilo Fabiano, titular do 2ºDP de Rio Verde.
Conforme as apurações, tanto as oito faculdades que tiveram os nomes usados como as três que aceitaram estes alunos foram vítimas do golpe. “Nosso próximo passo é descobrir se estes formandos realmente estudaram medicina no Paraguai, ou se nem pelas aulas teóricas passaram. Se ficar comprovado que já entraram nos anos finais, o caso é mais grave ainda, uma vez que a maioria deles já estava trabalhando no atendimento à população”, disse.
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Agora, o investigador quer saber quem teria abordado os estudantes no Paraguai e feito a proposta para que se transferissem para faculdades brasileiras com documentação falsa.