Vídeo mostra homem que matou ex-sogro a fazer ameaças dias antes do crime em Goiânia
“Pode me denunciar, pode vir me matar que eu vou matar todo mundo antes disso.…
“Pode me denunciar, pode vir me matar que eu vou matar todo mundo antes disso. Eu mato todo mundo”. É o que afirma Felipe Gabriel Jardim Gonçalves, em um vídeo gravado cerca de 15 dias antes de matar o ex-sogro, João do Rosário Leão, com um tiro na cabeça, em Goiânia. A gravação foi feita por Kênnia Yanka, filha da vítima e, na época, namorada do suspeito.
“Não estou nem aí. É melhor cada um no seu canto, sem mexer com ninguém, porque se mexer comigo um fio, eu mato seu filho, eu mato todo mundo. Eu to ficando doido”, diz o suspeito no vídeo, enquanto a mulher chora.
De acordo com Kênnia, o ex-namorado atirou no pai dela duas horas depois de saber que ele o tinha denunciado na polícia por ameaça. Ela diz que Felipe Gabriel ainda ligou para ela e contou que tinha matado o pai dela, que era policial civil aposentado. Não obstante, o rapaz ainda disse que iria matá-la. Até o momento, ele segue foragido.
“No início se mostrou uma pessoa maravilhosa, mas depois foi se mostrando um monstro, abusivo. Ele me batia, colocava arma na minha cabeça e ameaçava, que se eu largasse ele iria matar toda minha família”, disse a ex-namorada.
Segundo a família, João era um policial civil aposentado que tinha aberto uma farmácia em sociedade com o outro genro. No local, trabalhavam também as duas filhas dele: Kênnia Bianka, que é contadora e está grávida, e Kênnia Yanka.
João do Rosário foi assassinado dentro da drogaria, na frente da filha gestante. O crime aconteceu na manhã de segunda-feira (27), na Avenida T-4, no Setor Bueno. Uma câmera de segurança de dentro do estabelecimento registrou em que Felipe Gabriel apontando a arma para a vítima.
Homem que matou ex-sogro vai se entregar, segundo advogado
Felipe Gabriel deve se entregar ‘em breve’ para a Polícia Civil, segundo advogado do rapaz, Julio de Brito. A afirmação foi feita pela defesa na tarde desta terça-feira (28), na Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) da capital.
Segundo a defesa, Felipe Gabriel pretende se entregar e também entregar a arma usada no crime, a fim de ‘responder da melhor maneira pelo que aconteceu’. O advogado, no entanto, alegou não saber onde o suspeito está e nem quando ele se entregará. Além disso, disse que não sabe qual foi o tipo de arma usada no crime.
Ainda em declaração à imprensa, o advogado de Felipe Gabriel disse que a família dele ‘está bastante abalada’ com o que aconteceu. Questionado se algum familiar sabe a localização do jovem ou tem tido contado direto com ele, o advogado não confirmou e disse que não sabia dizer.
Surto psicológico
Ainda à imprensa, o advogado Júlio de Brito sugeriu que o cliente estava em surto psicológico no momento em que cometeu o crime.
“Pelo que eu tive conhecimento, ele estava em um surto psicológico (sic). Não sei se ele é inimputável ou não. Somente uma junta médica nomeada pelo tribunal vai poder decidir isso. Eu não posso te afirmar se ele estava ou não [em surto]. Provavelmente, uma junta médica poderá te afirmar isso. Mas, pelo que eu ouvi nos áudios, que estão na mídia, ele aparentemente estava”, afirma Júlio.
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