Denúncia

Vídeo mostra falsos guardas fardados realizando abordagem ilegal em parque de Goiânia

Destaque nas redes sociais, um vídeo de oito minutos mostra o momento em que três…

Destaque nas redes sociais, um vídeo de oito minutos mostra o momento em que três homens, membros de uma Organização Não Governamental (ONG) denominada Grupo de Proteção Ambiental (GPA), realiza uma abordagem ilegal, no Jardim Botânico, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia. Na ação, eles – de forma autoritária – determinam que os indivíduos não se virem e ameaçam atirar.

A Conduta dos homens é questionável, já que o grupo não tem convênio com a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) e não é ligado a nenhum órgão de Segurança Pública. Além de não possuírem autorização para realizar o serviço, os “agentes” utilizam, de forma irregular, o nome de um agrupamento da Guarda Civil Metropolitana (GCM).

Em uma nota divulgada pela Agência Municipal de Meio Ambiente, o órgão explica que tem por atribuição a manutenção e conservação dos parques e demais unidades de conservação, cuja segurança é atribuída à GCM. No documento, a Amma revela ainda que não tem nenhum convênio com ONG focada na segurança dos parques.

Ele alega que o grupo foi convidado para uma reunião com um pré-candidato a deputado para estar no parque naquela data e horário. O nome do político não foi revelado. “Naquele momento fomos abordados por algumas famílias, as quis nos informaram sobre pessoas consumindo drogas na mata”.

O líder completa. “Ao encontrarmos os indivíduos, um deles fez menção de tirar algo da cintura. Como a nossa equipe não anda armada, tivemos que intimidá-los com palavras para que pudéssemos ter o controle da situação. Posteriormente acionamos a Polícia Militar que fez a prisão dos suspeitos”.

Marcos afirma que a ONG é voltada para “cuidar do meio ambiente”, bem como para alertar as pessoas da importância de se cuidar dos parques da cidade.

“Usurpação”

A GCM revela ter tomado conhecimento da ação do grupo através de uma denúncia na corregedoria da instituição, no entanto averiguou que a abordagem foi realizada por agentes da corporação e orientou o denunciante a procurar a autoridade policial da área e registrar uma ocorrência.

Segundo a corporação, o comando da instituição já foi informado do fato e as “providências cabíveis” estão sendo tomadas. A GCM alerta a população de que a ação da referida ONG é caracterizada como “usurpação de função pública e tortura psicológica”.

A instituição ressalta que cidadãos alvo de abordagens irregulares podem solicitar apoio policial e registrarem ocorrência em delegacias.