Vigilância Sanitária investiga mortes de sete pacientes da Vila São Cottolengo, em Trindade
Sete internos morreram em 11 dias na Villa São Cottolengo, em Trindade. A principal hipótese,…
Sete internos morreram em 11 dias na Villa São Cottolengo, em Trindade. A principal hipótese, devido aos sintomas apresentados, é que os pacientes tenham contraído dengue, mas também não é descartada pneumonia e alguma infecção viral. Técnicos do departamento da vigilância sanitária da Secretaria do Estado da Saúde (SES) já colheram amostras para realização de exames que apontarão as causas dos óbitos. Os resultados devem sair em até 20 dias.
Segundo a assessoria de comunicação da unidade filantrópica, os pacientes apresentaram febre, tosse e mal estar, características de muitas doenças, mas que agravaram devidamente a imunodeficiência que esses pacientes já possuiam por causas das suas enfermidades. Diante a situação, a Comissão de Controle de Infecção Hospital (CCIH) da Villa São Conttolengo mantém uma ala isolada com pacientes que ainda apresentam sintomas e que são monitorados 24 horas.
Histórico
Segundo a assessoria, cerca de 36, dos 365 internos que vivem no local, apresentaram os sintomas gripais e foram medicados. A primeira morte aconteceu no dia 24 de fevereiro. De lá para cá, mais seis pessoas também morreram, sendo quatro deles por complicação respiratória. A instituição descarta a H1N1 como causa das mortes e justificou que todos os funcionários e pacientes fazem parte do público prioritário da SES e receberam a vacina contra o vírus.
Quatro pacientes que estavam em estado grave ainda estão internados no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Três deles estão respirando com ajuda de aparelhos e um já foi foi desentubado e apresentou melhora.
Medidas de proteção
Mediante a situação, a direção da Vila São Cottolengo organizou um programa de orientação e intensificação de cuidados com a higiene. Lavar as mãos, uso do álcool em gel e cuidados com os Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) foram redobrados para que não haja motivos de proliferação de casos no local.
Apesar de ainda não se saber ao certo o que causou as mortes, a assessoria da instituição informa que a Vigilância Sanitária garantiu que não há risco de uma epidemia na cidade. Também relata que a situação está controlada e que o tempo chuvoso favorece o risco de doenças como as que são tratadas como possíveis causa das mortes no local.
A SES, por meio de nota, informou que atua com duas equipes no local em apoio ao trabalho da Comissão Interna de Controle de Infecção Hospitalar e Comissão Interna de Revisão de Óbitos. Uma equipe é da Vigilância Sanitária em Serviços de Saúde e outra do Centro Estadual de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) e ambas irão dar suporte na investigação das causas das mortes na vila.