HOMICÍDIO

Vigilante e esposa mortos em fevereiro fugiram 2km depois de baleados, em Aparecida

Polícia descobriu informação depois de prender mais dois suspeitos de envolvimento no crime

Homens que acabam de ser presos por suspeita de participação no duplo homicídio em Aparecida (Foto: Divulgação)

Assassinados na manhã do último dia 18 de fevereiro perto do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, o Vigilante Penitenciário Temporário (VPT) Elias de Souza Silva, de 36 anos, e a esposa dele Ana Paula Silva Dutra, de 32 anos, ainda fugiram por dois quilômetros depois de serem baleados, mas foram perseguidos e executados. A descoberta foi feita depois que a Polícia Civil prendeu, na semana passada, mais dois suspeitos de participação no duplo homicídio.

Ronan Lima Martins, o “bigode, de 21 anos, e Alex de Souza Rodrigues, de 23 anos, segundo a Polícia Civil, participaram da emboscada, sendo que um deles atuou como motorista do Renault que seguiu o Ford KA em que estavam o VPT e a esposa, e o outro efetuou, junto com três comparsas, alguns disparos. No dia do crime, dois suspeitos de participação morreram em confronto, e um quinto integrante da quadrilha acabou preso.

“Estes dois que localizamos agora tinham fugido para o Rio de Janeiro, onde, com apoio de uma facção criminosa, permaneceram todos estes meses em um morro. Assim que voltaram para Goiás na semana passada conseguimos capturá-los, e em breve vamos prender mais dois compassas deles que também fugiram para a Capital carioca”, destacou o delegado Álvaro Melo, titular do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia.

A execução, ainda de acordo com o delegado, foi ordenada por Bruno da Conceição Pinheiro, o “Urso”, condenado que cumpria pena na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), e que estava insatisfeito com as regras mais rígidas de vistoria implantadas na cadeia. Dias após o crime, Urso foi transferido para o Presídio Estadual de Formosa.

As investigações apontaram ainda que o VPT foi morto apenas por ter sido o primeiro a deixar a penitenciária naquele dia. “A ordem do Urso era para matar qualquer um agente, e Elias, que saiu caminhando do complexo, e entrou no carro da esposa, foi seguido, e emboscado alguns quilômetros à frente. Mesmo baleados, ele e a esposa ainda conseguiram dirigir, mas logo bateram em outro carro, e os criminosos, que continuaram atrás deles, desceram do veículo em que estavam, e acabaram de matá-los”, concluiu o titular da GIH de Aparecida de Goiânia.