Vigilante que matou sua ex-mulher com 10 facadas em Goiânia vai a júri popular

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, do Tribunal de Justiça de Goiás, acatou parecer do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), para mandar a júri popular o vigilante Leônidas Divino Alves, de 59 anos, conhecido como “Leo”. Ele é acusado de matar sua ex-mulher, Conceição Rodrigues Mendonça, a facadas, em agosto de 2022, no setor Santa Genoveva, em Goiânia.

O magistrado ainda manteve a prisão preventiva do acusado, em razão dele ter dificultado a defesa da vítima.

“Em relatório policial acosta diversos vídeos onde é possível visualizar o acusado empreendendo fuga logo após o crime de sua prisão em flagrante pelos policiais militares.  Além de o acusado se entregar e confessar ter matado a vítima, o exame de DNA na faca apreendida confirmou a existência de sangue humano, compatível com sangue da vítima”, considerou o juiz.

Ressaltou, ainda, que a prisão do denunciado deve ser mantida, em razão de ter dificultado a defesa da vítima, já que há indícios de que o acusado ficou à espreita nas imediações da casa da vítima, monitorando-a para surpreendê-la e matá-la, inclusive a vítima sequer chegou a adentrar a residência quando chegava de seu trabalho.

O magistrado ainda considerou o crime de feminicídio, por haver indícios de que o crime pode ter sido cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, consistente em violência doméstica e familiar. Já que ficou comprovado nos autos a existência de relacionamento amoroso entre a vítima e o acusado durante anos.

Crime

Consta dos autos que, o denunciado ao tomar conhecimento de que a vítima estaria em outro relacionamento, planejou matar Conceição. Inclusive, providenciando um esconderijo onde pudesse ficar por um tempo sem que fosse localizado após o cometimento do crime.

Na noite do crime, Leo dirigiu-se ao local onde a vítima morava e a agrediu com tapas, jogou- a no chão, pisou em sua cabeça e desferiu nela mais de 10 golpes de faca nas regiões do tórax, dorsal e cervical. Após praticar o crime, ele fugiu em uma bicicleta para seu esconderijo.

Ao ser preso em flagrante delito, ele confessou o crime. Aos policiais, disse havia matado a vítima motivado pelo inconformismo de saber que ela estava se relacionando com outro homem. No local onde ele foi encontrado, no seu esconderijo, estava também a faca utilizada na prática do crime e a bicicleta utilizada por ele.