Vigilantes penitenciários e preso são denunciados por estupro de detentas em Goianésia
Seis vigilantes penitenciários e um preso da cadeia de Goianésia foram denunciados pelo Ministério Público…
Seis vigilantes penitenciários e um preso da cadeia de Goianésia foram denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) suspeitos de estuprarem mulheres detidas na unidade penitenciária. Órgão também apura supostas regalias conferidas no presídio ao detento denunciado.
As apurações tiveram início após denúncia anônima de que mulheres presas na unidade estariam sendo vítima de estupro. Até agora, as investigações apontam que três detentas foram abusadas sexualmente.
Conforme consta na denúncia oferecida pelo promotor Luciano Miranda, o detento possuía as chaves das celas das alas masculina e feminina, além de regalias como uniforme e até mesmo uma arma de fogo.
As regalias, no entanto, não eram exclusivas de tal detento. Os vigilantes penitenciários temporários e o detento também ofereciam diversas regalias a mulheres presas. Eram ofertados maços de cigarro e banhos de sol mais prolongados, segundo a denúncia.
Em troca, porém, os agentes e o detido cobravam favores sexuais. Em alguns casos, as mulheres consentiam a relação. No entanto, em outras ocasiões, elas eram abusadas. Ainda de acordo com a denúncia, os envolvidos podem responder por estupro, ameaça, abuso de autoridade e lesão corporal.
DGAP
Em nota, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) afirmou que tomou as providências cabíveis sobre a apuração do MP. O documento ressalta que os quatro servidores denunciados são vigilantes penitenciários temporários. Todos eles foram removidos do quadro do órgão. Os outros dois não atuavam na unidade quando os crimes foram descobertos.
Sobre o detento, o órgão informou que a unidade penitenciária realizou a transferência dele para outro estabelecimento prisional na região e instaurou procedimento interno para as sanções na forma da lei.
Nota na íntegra
A 7ª Coordenação Regional Prisional da Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP), a qual pertence a Unidade Prisional de Goianésia, informa que tomou as providências cabíveis sobre a apuração do Ministério Público que trata de denúncias de estupro de custodiada dentro da Unidade Prisional daquela cidade. De acordo com a coordenação, os quatro servidores acusados de negligência no caso eram Vigilantes Penitenciários Temporários e, como contratos temporários, já foram destratados, não pertencendo mais aos quadros deste órgão; sobre o detento acusado do estupro, a unidade realizou a transferência dele para outro estabelecimento prisional na regional e instaurou procedimento interno para as sanções na forma da lei. A investigação criminal sobre o caso é da responsabilidade da autoridade policial.