Vigilantes protestam contra soltura de motorista de Mercedes que atropelou colega em Goiânia
Antônio Neto foi preso após fugir sem prestar socorro e exames feitos no Instituto Médico Legal (IML) acusaram presença de álcool no sangue dele
Um grupo de vigilantes se reuniu, na manhã desta sexta-feira (14/6), na frente do Tribunal de Justiça de Goiás, no Setor Oeste, em protesto contra a soltura do motorista Antônio Scelzi Netto, 25 anos, que atropelou e matou o vigilante Clenilton Lemes Correia, 38. O crime ocorreu na madrugada do último domingo (9/6), na GO-020, em Goiânia. O rapaz foi preso após fugir sem prestar socorro e exames feitos no Instituto Médico Legal (IML) acusaram presença de álcool no sangue do condutor.
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O discurso dos protestantes é de que o condutor deveria responder ao processo encarcerado. De acordo com o manifestante Assumar Borges, o motorista deveria estar preso porque bebeu e assumiu o risco de matar. “Ele tem que responder pelos atos, já que assumiu o risco de provocar um acidente fatal após dirigir sob influência de álcool.
Inicialmente preso, Scelzi foi solto dois dias depois, após desembargador Ivo Favaro entender que ele deveria responder pelo crime em liberdade. A defesa do motorista argumentou que a prisão preventiva violava o Código de Processo Penal Brasileiro.
Antônio chegou a ter a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva após decisão em primeiro grau da juíza Ana Carla Veloso Magalhães. Em audiência de custódia, a magistrada ressaltou que a mistura de direção com consumo de álcool resulta em dolo, ou seja, em crime intencional, visto que o autor conhece as consequências legais para esse ato.
A delegada Ana Claudia Stoffel, que conduz a investigação contra Antônio Scelzi, declarou que o motorista recusou fazer o bafômetro e só fez o exame de sangue cinco horas depois do crime, já que fugiu e se escondeu em um galpão de propriedade do pai dele.
“Mesmo assim, exames constataram influência de álcool no sangue”, revelou. Inicialmente, a defesa do motorista alegou que ele não bebeu antes de dirigir, fato também contestado por depoimento de um amigo do jovem, que afirmou ter ingerido bebidas alcóolicas com Antônio na noite do occorrido.
A defesa de Scelzi afirma que entrou em contato com parentes para prestar apoios necessários.