Parques de Goiânia

Visitantes do Jardim Botânico pedem revitalização do parque

Entre suas belezas e o verde, visitantes denunciam o abandono do lugar que necessita de uma reforma geral em todo seu espaço

Na última matéria especial do Mais Goiás sobre os parques de Goiânia, em comemoração aos 85 anos da capital completados nesta quarta-feira (24), temos o Jardim Botânico Amália Hermano Teixeira, localizado no Setor Pedro Ludovico Teixeira, região sul da cidade.

Ocupando uma área de 1.000.000 metros quadrados, apesar de ser um dos mais tradicionais parques de Goiânia, é constantemente apontado como o mais abandonado pelo poder público e com falta de segurança.

Anfiteatro (Foto: Reprodução Google Maps)

Verde e borboletas

O espaço possui lagos, nascentes, mata fechada bastante preservada e por toda região é possível encontrar animais silvestres. Sua cobertura vegetal é composta por uma formação florestal do cerrado, e parte da mata original está preservada com árvores nativas como o angico, o jatobá, a peroba-rosa e o ipê.

Aberto ao público diariamente, o parque oferece a contemplação da natureza, deque, anfiteatro, borboletário, viveiro de mudas nativas e pista de caminhada. O contador Anderson Batista Pereira, 29 anos, mora próximo ao Jardim Botânico e lamenta a situação atual do lugar. “Tinha tudo para ser um dos lugares mais bonitos da cidade, mas está abandonado pelo poder público, que há anos não revitalizam o lugar. Não tem segurança, precisa de uma reforma geral e urgente”, adverte.

Borboletário localizado no Jardim Botânico (Foto: Reprodução Google Maps)

Impasses

O depósito clandestino de resíduos sólidos é um dos problemas do Jardim, de acordo com Antônio Pasqualetto, engenheiro agrônomo. “Observamos a ausência de equipamentos urbanos para uso da população e infelizmente o Jardim Botânico é alvo de parceria público privada para edifícios em suas margens”.

Pasqualetto destaca que “os parques urbanos são resquícios da natureza, com vegetação original e fauna nativa, que além de melhorarem o clima da cidade, propiciam lazer aos seus visitantes”.

Ormando Pires, Diretor de Áreas Verdes da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) conta que o Jardim Botânico se encontra em processo de revitalização atualmente. “Essa reforma acontece em consonância com os planos de manejo e que, em cada intervenção, será levado em conta às características naturais e paisagísticas do local”.

Sobre as comentadas parcerias público privadas, Ormando enfatiza. “São compensações ambientais estipuladas no momento do licenciamento de acordo com o impacto ambiental, respeitando a legislação vigente e o tipo de empreendimento”.

(Foto: Reprodução Google Maps)

Segurança

“O potencial dele é enorme mas é inferior aos outros parques. Não tem segurança nenhuma, toda semana tem casos de assaltos e outras coisas piores”, diz Joyce Caroline da Silva, 29 anos, moradora próxima ao Jardim Botânico. “Aqui deveria ser um lugar familiar e prazeroso, mas é muito perigoso, e não está recebendo cuidados que deveria receber”, lamenta.

Hamilcar Vieira, Coordenador da Guarda Ambiental de Goiânia, afirma que a segurança no parque foi intensificada. “Com o aumento de pessoas que por lá passam, muitos se descuidam de seus pertences como bolsas, celulares e outros objetos, sendo visados por pessoas mal intencionadas”. O coordenador ainda reforça que ao acontecer alguma ocorrência “a central de comunicação da Guarda Ambiental contata uma equipe mais próxima para um atendimento mais rápido”.

 

*Fabrício Moretti é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo