TRISTEZA

Vítima da Covid-19, Maguito também perdeu duas irmãs para a doença

Nelma Vilela Veloso e Nelita Vilela morreram com menos de dez dias de diferença uma da outra

Vítima da Covid-19, Maguito perdeu duas irmãs para a doença

O prefeito eleito de Goiânia, Maguito Vilela (MDB), foi mais uma vítima da Covid-19, nesta quarta-feira (12). Ele não morreu da doença, mas de complicações que a mesma a causou. Contudo, o político, que estava há 11 dias de completar 72 anos, não foi a única perda da família Vilela.

As irmãs morreram com diferença de pouco mais de uma semana. Nelma Vilela Veloso – que também era mãe do ex-deputado federal Leandro Vilela – faleceu em 19 de agosto do ano passado. Nove dias depois, foi a irmã mais velha de Maguito, Nelita Vilela, de 85 anos, que também morreu pelo novo coronavírus em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas de Jataí.

Nelita era viúva de Toniquinho JK, que ficou conhecido ao “pressionar” o então candidato à Presidência da República Juscelino Kubitschek a cumprir a promessa de criar a nova capital brasileira. Toniquinho morreu em novembro de 2019.

Maguito lutou 83 dias por sua vida. O Mais Goiás fez uma linha do tempo com todas as etapas do tratamento. Veja abaixo.

Diagnóstico

O teste que confirmou a contaminação por coronavírus saiu no dia 20 de outubro deste ano. 

Internação

No dia 22 de outubro, Maguito foi internado no Hospital Órion, em Goiânia. 

Agravamento

No dia 27 de outubro, o boletim médico informou que a capacidade respiratória do então candidato a prefeito estava até 75% comprometida, por causa de uma inflamação decorrente da covid-19. O nível de saturação de oxigênio no sangue do paciente caiu a ponto crítico.

Maguito foi transferido para o hospital Albert Einstein, em São Paulo, na companhia do seu genro e médico pneumologista, Marcelo Rabahi.

Tratamento

Depois de três dias internado em São Paulo, em 30 de outubro, o agora prefeito eleito de Goiânia seria intubado pela primeira vez. 

Reação

Maguito recuperou a autonomia respiratória e conseguiu voltar a respirar sem o auxílio da ventilação mecânica invasiva no dia 8 de novembro.

Nova piora

No dia 15 de novembro, Maguito voltou a convalescer com a deficiência respiratória e foi intubado pela segunda vez. 

Pulmão mecânico

No dia 17 de novembro, a equipe de médicos que assiste o candidato decidiu que ele deveria ser submetido a um aparelho chamado ECMO, que ajuda a reduzir a sobrecarga que incide sobre os pulmões e o coração. A ECMO auxilia na oxigenação do sangue.

Lágrimas

Em um dos raros momentos de lucidez desde que foi entubado, Maguito foi informado por uma enfermeira do Einstein, na noite do dia 29 de novembro, que havia sido eleito prefeito de Goiânia. De acordo com Daniel Vilela, Maguito chorou.

No último dia 6 de janeiro, o boletim do hospital trazia que ele mantinha adequados os índices de oxigenação e respondia aos estímulos. Além disso, “seguia em programa de reabilitação com equipe multidisciplinar”.

Mais uma vez, piora

Um dia depois, o prefeito apresentou uma nova infecção pulmonar e, por isso, foi intubado e sedado com uma quantidade maior de medicamento, “traqueostomizado em ventilação controlada devido a nova infeção pulmonar, já em tratamento.”

80 dias

No último dia 10 de janeiro, ele completou 80 dias internado em São Paulo. Na ocasião, o boletim trazia que Maguito estava “em diálise, traqueostomizado em ventilação controlada e sob efeito de drogas vasoativas”.

Grave

Pela primeira vez, o adjetivo “grave” apareceu no boletim do estado de saúde dele. Além disso, o comunicado trazia que o prefeito de Goiânia estava sendo tratado com “altas doses” de drogas vasoativas.