Vítima de atentado no Colégio Goyases está paraplégica e estado é irreversível
Apesar de estar na UTI do Hospital de Urgências de Goiânia, a estudante está consciente e não precisa de ajuda de aparelhos para respirar
Isadora de Morais, de 14 anos, uma das estudantes alvejadas no atentado ocorrido no Colégio Goyases na última sexta-feira (20), está paraplégica e o estado é irreversível. A adolescente foi atingida por três tiros. Um deles na mão, outro no pescoço e o terceiro no tórax. O último projétil atingiu o pulmão e também a décima vértebra torácica (coluna), causando a paraplegia.
A estudante está internada em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) desde o dia do atentado. Em coletiva de imprensa, o diretor técnico da unidade de saúde, Ricardo Furtado, explicou que Isadora não sente o corpo da cintura para baixo. “A bala lesionou a medula, canal que passa dentro da coluna. Por isso, ela não consegue mover as pernas”, explicou o médico.
O coordenador médico da Unidade de Terapia Intensiva (UTI II), Alexandre Amaral, explicou que a bala que causou a lesão na coluna de Isadora não foi retirada porque a cirurgia não traria benefícios. “Percebemos que retirar o projetil não faria a paciente andar novamente, por isso, decidimos que não é importante fazer essa cirurgia agora. Estamos preocupados em fortalecer o pulmão”, afirmou Amaral.
Ainda segundo o coordenador, como Isadora é jovem, a expectativa é que a recuperação pulmonar seja completa. Apesar de estar na UTI, a estudante está consciente e não precisa de ajuda de aparelhos para respirar.
Segundo Furtado, o acompanhamento na UTI é necessário por causa da gravidade dos ferimentos. “Pioras podem acontecer, por isso ela está na UTI”, alertou o médico. Os outros dois tiros que Isadora levou causaram apenas ferimentos leves que não devem deixar sequelas.