Relato anônimo

Vítimas do major da PM estavam com medo, descalças e amarradas, quando encontradas

Uma moradora de Rio Verde contou como estavam as duas irmãs de 11 e 12…

Uma moradora de Rio Verde contou como estavam as duas irmãs de 11 e 12 anos que foram sequestradas e estupradas pelo major da Polícia Militar Cristiano Silva de Macena, quando foram encontradas. Segundo a mulher, elas estavam com medo, descalças e amarradas com fitas adesivas.

Conforme a moradora, que pediu para ficar anônima, ela foi acordada pela avó das crianças, que estava desesperada. Enquanto as netas eram levadas, a parente das crianças havia sido amarrada, também por fitas adesivas, dentro de sua casa.

A Polícia Civil informou que as crianças foram deixadas em frente a uma escola após ocorrerem os abusos. Elas andavam pelas ruas sozinhas atrás de ajuda, segundo a moradora, quando viram os policiais. “Elas viram a polícia e saíram correndo atrás da viatura da polícia. E logo em seguida foram encontradas. Elas estavam descalças. Ainda com as fitas.”

Na delegacia, elas contaram em detalhes o ocorrido e os agentes puderem chegar até o major. “Tiraram as crianças de dentro do quarto, de frente ao quarto dela [avó]. Ela [a avó] estava toda amarrada. Ela conseguiu se soltar e procurar por socorro”, lembrou da crueldade e continuou: “Foi feito por uma pessoa que era paga para nos proteger.”

Caso

Cristiano é suspeito de ter estuprado duas irmãs, de 11 e 12 anos, em Rio Verde, no último dia 23 de outubro. Ele foi preso no mesmo dia. O delegado do caso, Carlos Roberto Batista, conta que o policial preferiu ficar em silêncio no momento do depoimento. Elas reconheceram o major na delegacia. Carlos ainda destaca que a avó das crianças foi amarrada e as crianças levadas pelo homem.

O delegado não descarta que o suspeito possa ter premeditado o crime. “Não consta sinais de arrombamento da casa. Por isso que também foi descartada a presença de uma segunda pessoa na participação no crime. Além disso, a casa dele e o veículo passaram por perícia e foram encontrados vestígios que indicam que as meninas estiveram lá. Entretanto, aguardamos os resultados dos laudos para ajudar a concluir as investigações”, destaca.

Os abusos foram comprovados em exames e as vítimas estão passando por tratamento e apoio psicológico. A previsão é que, em dez dias, o inquérito seja revertido ao Judiciário.

A defesa do major, representada pelo advogado George Santos Pereira, afirmou que aguardará ter acesso ao inquérito policial para, então, se pronunciar. Cristiano está detido no presídio militar, em Goiânia.

Após ter a prisão convertida em preventiva na última sexta-feira (25), ocasião da audiência de custódia, o major Cristiano Silva de Macena foi exonerado do cargo de comandante da Companhia de Policiamento Especializado (CPE). As informações são do Comando Geral da Polícia Militar. De acordo com a nota, a corporação destaca que o cargo será ocupado pelo capitão Ronniery de Morais.

“O Comando da Instituição reitera seu compromisso com os princípios éticos, morais e legais; além do que, medidas correicionais foram adotadas e o policial militar em comento encontra-se à disposição da justiça!”

Com informações de G1.

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