VLT Luziânia-Brasília vai sair do papel? Veja como está o projeto

A velha promessa de se construir um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para passageiros que ligue Luziânia a Brasília acaba de dar mais alguns passos à frente.

A pedido do governo federal, a Infra S.A. (empresa pública que atua no setor de transportes) abriu licitação para realização de um estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental do projeto. Além de Luziânia-Brasília, a Infra S.A. está executando o mesmo processo em outros cinco trechos estratégicos do país. A previsão é que tudo esteja concluído até o fim do ano.

Em outra frente, está aberto diálogo para que seja recuperado um terreno de 4,2 milhões de metros quadrados na região da antiga Rodoferroviária de Brasília. A rodoferroviária recebia ligações interestaduais até 2010, mas desde então está desativada. No governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o imóvel foi cedido para as Forças Armadas.

A ideia é a de que a rodoferroviária vire uma estação do VLT e que, nas redondezas, o governo do Distrito Federal construa um novo bairro.

Como será
No dia 5 de junho de 2024, aconteceu na Câmara dos Deputados uma audiência pública em que engenheiros da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) apresentaram detalhes do VLT Luziânia-Brasília.

Na época, o projeto estava orçado em torno de R$ 500 milhões. Para cada passageiro usuário do sistema, a passagem custaria R$ 6.

Seriam dez VLTs (cinco composições). A velocidade máxima seria de 80 km/h e a média de 40h. O tempo de parada nas estações seria de 0,5 minuto e o horário de operação das 5h20 às 21h. O percurso, no total, duraria 92 minutos, com headway (intervalo) no horário de pico de 35 minutos entre cada VLT.

O estudo da CBTU elencava, ainda, que a capacidade máxima de pessoas, por hora, seria de 2.240 pessoas, sendo possível a capacidade total, por dia, de 24.640 passageiros. Seriam 22 viagens por dia, sendo 14 no horário de pico e 8 durante o dia.