MONKEYPOX

Volta às aulas: Secretaria de Saúde pede atenção dos pais com varíola dos macacos

"É a primeira orientação, não só para a varíola. Os pais devem levar ao médico para o diagnóstico correto", diz superintendente da SES

"Criança doente não vai à escola", diz Flúvia em coletiva sobre volta às aulas e varíola dos macacos (Foto: Jucimar de Sousa - Mais Goiás)

A Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) recomenda que, para a volta às aulas no Estado neste cenário de aumento de casos varíola dos macacos (monkeypox), crianças com qualquer sintoma devem ir ao médico e não a uma unidade de ensino. Em coletiva de imprensa, a superintendência de Vigilância Sanitária Flúvia Amorim afirmou que “criança doente não vai para a escola. É a primeira orientação, não só para a varíola. Os pais devem levar ao médico para o diagnóstico correto”.

Flúvia lembra do período de férias e argumenta que muitas famílias viajaram e tiveram contatos diversos. Então, ela pede atenção aos sintomas da doença. Destaca-se, estes são, principalmente, lesões na pele. Contudo, também são: febre alta súbita, dor de cabeça, aparecimento de inflamação de linfonodos [ínguas] e mal-estar.

Em relação a transmissão, ela afirma que a principal é o contato de pele com pele. No caso, de “uma pele com lesão com outra saudável”. Ainda durante a coletiva, ela aproveitou para deixar claro que o momento é de conscientização e não de pânico. Trata-se de uma doença com baixa de taxa de hospitalização e letalidade no momento. “Mas precisamos estar preparados.” Segundo ela, o Estado já possui sete hospitais para atender pacientes com a doença.

Vale citar, Goiânia já possui transmissão comunitária da doença, ou seja, quando não é possível identificar exatamente de onde ocorreu a infecção (cadeia de transmissão). A capital confirmou o 29º caso da monkeypox nesta terça-feira (2). Todos são pacientes do sexo masculino, com idades entre 20 e 47 anos.

Inclusive, Flúvia cita que, após reunião no Ministério da Saúde (MS), a classificação de suspeitos mudou. Antes era preciso, além dos sintomas, que a pessoa tivesse contato com alguém que estivesse doente ou se deslocado a locais onde existe a doença. “Agora não precisa, só as lesões e os demais sintomas.”

No Brasil, já houve uma morte pela doença. O paciente era um homem de 41 anos com imunidade baixa e comorbidade que estava internado em um hospital de Belo Horizonte. Depois do óbito, o Ministério da Saúde encomendou 50 mil doses de vacina contra a doença. A expectativa é que elas comecem a chegar em setembro. Os grupos prioritários, explica Flúvia, serão definidos em documento do MS.