Infidelidade partidária: MDB e Podemos ameaçam candidaturas de aliados que apoiam Alcides Ribeiro, em Aparecida
Pelo menos quatro candidatos à Câmara Municipal, estão com suas candidaturas ameaçadas
O MDB e o Podemos, partidos dos candidatos à Prefeitura de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela e João Campos, respectivamente, tomaram medidas para barrar candidaturas que optarem por apoiar o adversário Alcides Ribeiro (PL) na disputa pela Cidade Administrativa. Pelo menos quatro candidatos à Câmara Municipal estão com suas candidaturas ameaçadas.
No Podemos, o candidato a vereador professor Clusemar pode ter seu registro de candidatura cassado por infidelidade partidária, uma vez que decidiu não seguir a orientação do partido e não apoiar Leandro Vilela. Clusemar é apoiado pelo vereador Amendoim (UB), um dos coordenadores da campanha de Alcides Ribeiro.
O professor Clusemar lançou oficialmente sua candidatura a vereador na noite deste sábado (24), no Jardim Tiradentes, em um evento que contou com a presença de Max Menezes (PL), ex-deputado estadual e candidato a vice-prefeito na chapa de Alcides Ribeiro.
No MDB, a situação é igualmente delicada. Os vereadores Diony Nery, Fábio Ideal e Edinho Carvalho podem ser retirados da chapa do partido. Oficialmente, a justificativa é a necessidade de substituir a candidata Vera Louzada, que desistiu da disputa, para adequar a cota de gênero. Nos bastidores, contudo, a real motivação seria o apoio do trio a Alcides Ribeiro.
De acordo com apuração feita pelo Mais Goiás, tanto o MDB quanto o Podemos querem “dar o exemplo” e reforçar que os partidos da coligação devem cancelar o registro de candidatos que decidirem apoiar Alcides. “Todos os partidos da coligação devem seguir o exemplo e cancelar o registro de candidatura daqueles que apoiam Alcides”, afirmou uma fonte ligada à articulação.
Ao Mais Goiás, a defesa do vereador Diony Nery destacou que o vereador está tranquilo e que não há chance de sua candidatura ser impugnada. “Não há fundamento legal para questionamentos neste momento, pois o prazo para impugnação já se encerrou, e a candidatura já foi homologada pela Justiça Eleitoral, conforme estabelece a legislação vigente”, salientou.
“Ressalto que não existe qualquer procedimento em aberto contra o candidato, tampouco há base legal para alegações de infidelidade partidária”, pontuou a equipe que assessora o vereador. A coluna está aberta para pontuações dos outros candidatos citados na matéria.