COLUNA DO DOMINGOS KETELBEY

PSOL aciona Justiça Eleitoral contra Cleitin Mil Graus por propaganda irregular e preconceito

Outro ponto levantado na representação é a prática de discriminação de gênero

Cleitin Mil Graus, antes de triturar processo do PSOL. Ele criticou a ação (Foto: Reprodução)

O PSOL apresentou uma representação eleitoral contra o candidato popularmente conhecido como Cleitin Mil Graus (PRD), sob alegações de práticas eleitorais irregulares e discurso discriminatório. A ação foi protocolada no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), na 135ª Zona Eleitoral de Goiânia, e inclui uma série de acusações graves envolvendo o candidato. O parecer é encabeçado pela presidente da legenda em Goiânia, Manu Jacob, que também é candidata a vereadora na capital.

De acordo com a representação, Cleitin Mil Graus, que concorre a uma cadeira na Câmara dos Vereadores de Goiânia, utilizou sua conta no Instagram e outras propagandas eleitorais para disseminar conteúdo preconceituoso contra nordestinos, mulheres e a comunidade LGBTQIA+. Entre as declarações atribuídas a Cleitin, está a defesa da construção de muros em Goiânia para barrar a vinda de nordestinos, além de comentários depreciativos sobre a aparência física de maranhenses. De acordo com Cleitin, tudo não passava de meme.

Outro ponto levantado na representação é a prática de discriminação de gênero. O candidato teria comparado mulheres de Goiânia ao cantor Eduardo Costa, devido a procedimentos estéticos, o que, segundo o PSOL, pode configurar discurso de ódio. Além disso, Cleitin também é acusado de homofobia, por ter feito comentários ofensivos sobre homens homossexuais em suas publicações.

A ação também aponta para abuso de poder econômico. Cleitin Mil Graus teria promovido eventos durante a pré-campanha, convocando seguidores para jogos de futebol e oferecendo cestas básicas e chope grátis, prática que, segundo o PSOL, configura captação ilícita de sufrágio.

Cleitin, nas redes sociais, mostrou a representação encabeçada pelo PSOL e criticou a ação, antes de, com uma motoserra, rasgar as páginas do documento. “O amigo do PT e da Adriana Accorsi. O mais incrível, não foi denuncia anonima. Quem entrou com o pedido de cassação foi uma vereadora que se preocupa com as feministas. Olha o que eu vou fazer com seu processo…”, ironizou.

As opiniões contidas nesta coluna não necessariamente representam o posicionamento do Mais Goiás.