“Dor não vem para matar, mas para ensinar”, diz escritora diagnosticada com esclerose múltipla
Autora teve diagnóstico aos 17 anos e superou momentos difíceis com a ajuda de Deus e da ciência
Diagnosticada com esclerose múltipla aos 17 anos de idade, a empresária, escritora e psicóloga Andrea Scodro Soubihe Lucena escreveu o livro “TransformaDor: O Poder da Dor” sobre sua experiência de vida. A obra foi publicada em 2019 pela Editora Yes, com o intuito de transmitir uma mensagem fora do comum: “A dor não vem para matar, mas para ensinar”.
Em entrevista exclusiva ao Mais Goiás, a autora revelou que decidiu retratar sua história a partir de um versículo que recebeu: “Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus”, João 11:4. Ao compreender a mensagem, a empresária afirma que se conscientizou sobre a missão.
De acordo com a psicóloga, o trabalho começou quando estava em um ano sabático, que viveu nos Estados Unidos da América. O período foi marcado por imersões em orações e Andrea se tornou um “instrumento de escrita para a libertação das pessoas”, como aponta a autora.
Com intensos desafios durante o desenvolvimento da obra, a escritora conta que nada foi capaz de paralisar seus objetivos. “Sei que existem julgamentos, mas o mais importante é levar a mensagem, por isso não paralisei nem hesitei em investir no livro e em lançá-lo. Eu sabia que existia uma mensagem a ser dita”, enfatiza.
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“As circunstâncias não precisam nos parar, na verdade elas podem nos levar a níveis maiores se mudarmos nossa percepção sobre elas”, pontua.
Lições da Esclerose Múltipla
A esclerose múltipla foi diagnosticada na vida de Andrea após a identificação de sintomas que, segundo ela, foram assustadores e deixaram sua família em desespero. “O diagnóstico veio como uma sentença de morte, mas eu mudei minha mente, me trabalhei, me conectei com a fé e com Deus, e transformei essa sentença em vida e superação”, evidencia.
A escritora, que também atua como coach para ajudar outras pessoas, indica o livro como uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e emocional. Ela informa que a ciência e a fé são apontadas como formas de libertação. “No livro trago perguntas, para que, da mesma forma que eu me libertei de um diagnóstico incurável para a medicina tradicional, que veio com a mensagem de me parar, o leitor possa se libertar daquilo que ele acha que o está prendendo”, ressalta.
Andrea nota que as pessoas precisam mudar a visão sobre a dor e, com isso, é possível aceitar a história, assumir o comando da própria vida e agir rumo aos sonhos. “O meu sonho se realizou! O processo foi longo, mas cada etapa valeu a pena”, destaca.
Ao Mais Goiás, Andrea revelou que não possui sintomas da esclerose múltipla há mais de sete anos. “Se a ausência de sintomas é considerada a cura para a medicina, eu me sinto curada”, conclui.
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