Home office: profissionais goianos afirmam que formato favorece produtividade e qualidade de vida
Estudo revela que 60% das pessoas que moram em capitais trabalham em casa
Após o intenso período de pandemia, o trabalho em home office tornou-se uma nova realidade em Goiás e em todo o Brasil, para muitos segmentos. Com essa nova condição para o desempenho das tarefas profissionais, as pessoas estão buscando imóveis mais confortáveis para morar e alugar. Uma pesquisa realizada em 2023 pela empresa Quinto Andar revelou que cerca de 60% das pessoas que residem em capitais trabalham em casa pelo menos um dia por semana. Outras 23% trabalham de forma totalmente remota e 37% adotam o regime híbrido.
A Offerwise, por sua vez, conduziu um estudo e constatou que 40% dos profissionais em home office possuem um cômodo exclusivo para o trabalho, enquanto 27% utilizam um espaço compartilhado. Além disso, 8% trabalham em um local fora de casa, e 30% não têm um local específico.
Mesmo após o controle da pandemia do coronavírus, nem todos os trabalhadores retornaram às atividades presenciais. A pesquisa da Offerwise também revelou que 46% passaram a ficar mais dias no formato presencial, enquanto 30% optaram por permanecer mais dias em home office.
O presidente do Sindicato das Imobiliárias e Condomínios do Estado de Goiás (Secovi-GO), Antônio Carlos da Costa, destaca que a pandemia antecipou um processo que já estava em curso. Segundo ele, essa mudança se acelerou significativamente, e o home office traz vantagens como a redução do deslocamento e maior produtividade.
Home office pode ser um desafio para algumas pessoas
A assessora de comunicação Lívia Barros, que trabalha no regime de home office há três anos, acredita que, mesmo diante dos inúmeros benefícios dessa modalidade, os desafios persistem. “No meu caso, além de ser profissional, sou mãe, dona de casa e cuido da minha mãe idosa em tempo integral. Portanto, conciliar as atividades do trabalho com a rotina diária é desafiador”, afirma.
Apesar das dificuldades, Lívia considera o home office positivo e afirma que seria extremamente complicado voltar a trabalhar de forma presencial. “É necessário ter disciplina para que tudo funcione bem, e eu tenho essa disciplina. O formato de trabalho me permite ir ao médico, buscar minha filha na escola, cuidar da minha mãe e muito mais. Além disso, não tenho custos nem estresse com deslocamento, e não perco tempo indo e voltando”, revela.
Empresária de Goiânia identificou maior produção e qualidade de vida aos funcionários em home office
A empresária Alessandra Câmara percebeu um aumento na produtividade de seus funcionários ao adotar o trabalho remoto, que se tornou necessário devido à pandemia. Mesmo após o controle do coronavírus, ela optou por manter esse regime. “Descobrimos que o formato resultava em um trabalho mais eficiente, beneficiando tanto a empresa quanto os colaboradores. Dessa maneira, eles ganharam mais tempo para si mesmos e para o campo profissional”, avaliou.
Alessandra também observou que, como sua equipe é composta principalmente por mulheres com filhos, o home office proporcionou a oportunidade para essas mães passarem mais tempo com as crianças, cuidarem da casa e até de si mesmas durante os intervalos das demandas de trabalho. “Valorizamos esse cuidado com a família e com o próprio colaborador”, acrescentou.
Além disso, segundo a empresária, a questão da concentração também melhorou significativamente. Em um ambiente com muitas pessoas no mesmo local, a atenção durante o desempenho das funções de trabalho pode ser prejudicada.