Autor lança ‘A Casa das 100 Janelas’, inspirado no passado brasileiro
O Brasil é repleto de lugares que preservam a arquitetura colonial, que hoje, servem como…
O Brasil é repleto de lugares que preservam a arquitetura colonial, que hoje, servem como belos pontos turísticos, mas que em alguns casos, escondem um passado cruel e obscuro. É o caso da Fazenda Santa Clara, em Minas Gerais, que serviu de enredo para o livro “A Casa das 100 Janelas“, do escritor carioca Jefferson Sarmento.
Localizada nas serras de Mata Atlântica da região de Juiz de Fora, a casa representa um dos locais mais emblemáticos do período escravocrata no Brasil. Com 365 janelas – uma para cada dia do ano, 52 quartos – um para cada semana, e 12 saLões – para cada mês do ano, a casa já foi palco de novelas de época e minisséries de TV.
Agora a propriedade, que foi erguida por homens negros, que moldaram as telhas nas próprias coxas, também foi parar na literatura e inspira a obra do autor carioca.
O enredo do livro gira em torno do fictício Solar dos Fortes – uma velha construção que remete às antigas fazendas entre São Paulo, Rio e Minas Gerais.
Os principais elementos da obra passam pelo passado colonial e escravagista brasileiro, para abordar uma jornada de remissão e de horror fantástico nos dias atuais.
Sobre “A Casa das 100 Janelas”
Chico Rezende, homem negro e protagonista da história, deixou a cidade em que morava enquanto ainda era criança, após seu pai ser acusado do assassinato de Adélia Fortes, esposa do patrão.
Após 30 anos, ele volta para a cidade na tentativa de recuperar o passado perdido e redimir os pecados e horrores que assombram uma velha casa amaldiçoada.
Em um dos trechos de “A Casa das 100 Janelas”, é possível ler:
“Ele não respondeu. Dani continuou seguindo na direção da porta.
Ganhou o corredor. Os gemidos vinham do banheiro no fim. Passou
pela porta do quarto do filho — estava fechada, ele tinha um sono de
pedra; ela achava. A luz do banheiro estava acesa.
Quando abriu a porta, viu o marido encolhido no chão entre o vaso
e a pia. Ele tremia, abraçado a si mesmo, chorando. Mordia os lábios e
saía sangue de sua boca”. (p. 130)
Usando por base o imaginário popular e a própria história brasileira, Jefferson Sarmento visa promover e contribuir para a ainda tímida literatura nacional do gênero terror.
“É uma história de horror numa cidade brasileira, com todas as características que identificam esse lugar, com vínculo no nosso passado histórico, dramas familiares e sociais presentes no cotidiano“, afirma.
Sinopse
Ao voltar para sua cidade
natal, depois de trinta anos que seu pai foi acusado de assassinato, Chico Rezende precisa literalmente enfrentar seus velhos fantasmas – e os da cidade – para recuperar seu passado perdido e redimir os pecados e horrores que assombram uma velha casa amaldiçoada.
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