Congadas de Catalão devem ser transformadas em patrimônio cultural de Goiás
A festividade integra a Festa em Louvor a Nossa Senhora do Rosário, e acontece no final de setembro
As Congadas de Catalão integram o calendário do estado como uma das maiores festividades regionais. Realizadas há cerca de 146 anos, fazem parte da Festa em Louvor a Nossa Senhora do Rosário e reúnem sempre um grande público.
Para a edição de retomada, que acontece da última sexta-feira de setembro até o 2º domingo de outubro, o governo do estado já anunciou um repasse no valor de R$ 280 mil, que será destinado ao fomento e realização da festa.
O estado de Goiás conta com diversas festividades populares, sendo que muitas ainda são pouco conhecidas pelos goianos, segundo comenta o Secretário de Cultura, César Moura.
Dessa forma, o repasse também tem o objetivo de promover as Congadas de Catalão, assim como a cultura goiana como um todo, já que vários outros eventos também receberam suporte para sua realização.
Além disso, o governador Ronaldo Caiado também assinou um requerimento que visa transformar a celebração em patrimônio cultural imaterial do estado, com o objetivo de preservar e valorizar a festa.
Para João Victor Alves, diretor de comunicação da Irmandade do Rosário, a solicitação de registro contribui para a preservação das tradições do município, e também ajuda a difundí-las por todo o país.
“Todos os instrumentos do Congo de Catalão são produzidos manualmente, como as caixas, os cambitos. Além disso, são mais de dois séculos de existência, relembrando a sobrevivência da memória africana por meio das danças, das músicas e da festa”
Veja como funcionará o processo de registro da Congadas de Catalão
O processo de registro das Congadas de Catalão como patrimônio cultural pode levar de dois a quatro anos, realizado pela Superintendência de Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico (Supha) da Secretaria de Cultura.
Após a solicitação de registro, a Secult é responsável por avaliar toda a documentação enviada, também com a realização de visitas na cidade onde a festividade é realizada. Em seguida, são elaboradas pesquisas, entrevistas, dossiês e pareceres.
Após esta fase, o parecer é enviado para o Conserlho Estadual de Cultura, responsável pela emissão da decisão final.
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