DA NOSSA TERRA

Dia Mundial da Poesia: relembre a história da poetisa goiana Cora Coralina 

Data busca ampliar o acesso à literatura ao público

Cora Coralina (Foto: Luis Elias)

Em 1999, durante a 30ª Conferência Geral da UNESCO, realizada em Paris, foi estabelecido o Dia Mundial da Poesia com o objetivo de promover este gênero literário, destacando sua diversidade, seus autores e ampliando o acesso à literatura para um público mais amplo, valorizando as várias línguas em que é expressa. Em comemoração a data, vamos revisitar a história da famosa poetisa goiana, Cora Coralina.

Nascida na Cidade de Goiás, em 1889, Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, mais conhecida como Cora Coralina, é reconhecida como um dos nomes mais importantes da literatura brasileira.

A obra de Cora Coralina é influenciada pela cidade em que nasceu e viveu grande parte de sua vida. Seus poemas e contos destacam aspectos do cotidiano da cidade, como os becos, as lavadeiras e a vida rural, bem como a herança histórica e cultural da região.

Apesar de ter tido apenas dois anos de educação formal, Cora Coralina desenvolveu seu amor pela leitura e pela escrita desde jovem. Aos 14 anos, adotou o pseudônimo que a tornaria famosa e publicou seu primeiro conto em 1910.

A vida de Cora Coralina foi marcada por mudanças e desafios. Em 1911, aos 22 anos, deixou a Cidade de Goiás e se mudou para o interior de São Paulo, onde se casou e teve seis filhos. Após ficar viúva em 1934, trabalhou incansavelmente para sustentar sua família, se dedicando também à escrita e à participação em atividades comunitárias.

Em 1956, Cora Coralina retornou à sua cidade natal, onde redescobriu suas raízes e decidiu permanecer. Foi lá que, aos 76 anos, publicou seu primeiro livro, “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais”. A partir de então, sua obra ganhou reconhecimento nacional e internacional, consolidando a goiana como um dos grandes nomes da literatura brasileira.

Cora Coralina faleceu em 1985, deixando um legado de poesia e inspiração. Sua antiga casa, na Cidade de Goiás, se tornou um museu em sua homenagem, preservando sua memória e sua contribuição para a cultura brasileira.