Dia do Circo: conheça a história da arte circense no Brasil e no mundo
Veja como tudo começou no Brasil e no mundo
Celebrado em 27 de março, o Dia do Circo traz importantes reflexões sobre uma das mais conhecidas formas de expressão artística do planeta. Para compreender sua relevância, o Mais Goiás separou fatos históricos sobre o surgimento, a evolução e a atualidade do circo.
De acordo com estudiosos, as artes circenses já existiam na China, Grécia, Egito e Índia, durante a antiguidade. No entanto, somente no Império Romano é que o circo ganhou uma forma mais parecida com o que vemos hoje. Os registros apontam que o primeiro circo neste formato foi o “Circus Maximus”, construído na Roma Antiga. Com capacidade para receber até 150 mil pessoas, o local exibia lutas de gladiadores, corridas de carruagens, pessoas talentosas e animais selvagens. Após um incêndio, o circo foi substituído pelo Coliseu.
Após a queda do Império Romano, já na Idade Média, as pessoas começaram a realizar apresentações artísticas em praças, igrejas e feiras, ganhando a admiração das pessoas. Foi a partir da popularidade dessas apresentações que as famílias começaram a viajar para levar entretenimento para outras cidades com números de humor, malabarismo, teatro e dança.
Segundo historiadores, o picadeiro como todos conhecem surgiu na Inglaterra, já no século XVIII. Ponto alto da história do circo foi o Anfiteatro Real das Artes, criado pelo inglês Philip Astley, em 1768. No local eram exibidos shows com cavalos, malabarismo e palhaçaria e foi a partir de então que a arte circense ganhou o mundo.
A história do circo no Brasil
Foi no século XIX que o circo começou no Brasil, quando famílias europeias vieram para o país e se reuniram em guetos (bairros fechados). A comunidade compartilhava quase tudo, inclusive as habilidades circenses e a maneira de diversão.
De acordo com pesquisadores, o circo brasileiro está diretamente ligado às comunidades ciganas, que viajavam de cidade em cidade, levando apresentações aos lugares em que passavam. Os shows eram realizados com ilusionismo e animais selvagens.
Diferente do palhaço europeu, que era calado e se apresentava com mímicas aos reis e imperadores, o artista brasileiro ganhou uma espécie de humor sutil, considerado uma figura divertida e inocente.
Em toda a história do circo brasileiro, a criatividade foi colocada no picadeiro, que ganhou uma lona e arquibancadas para receber o público. Neste sentido, os espaços ganharam apresentações de malabarismo, mágica, palhaçaria, equilibrismo, música e animais (que hoje são proibidos em diversos Estados do Brasil).
Entre os maiores e mais renomados circos brasileiros de toda a história estão o Circo di Napoli, o Circo Las Vegas, o Circo Spacial e o Circo Stankowich.
Dia do Circo: atualidade
O circo contemporâneo brasileiro, como é chamado atualmente, precisou se reinventar para continuar atraindo a atenção das pessoas. No caso do Mirage Circus, do ator Marcos Frota, a modernidade é claramente vista em cerca de 800 toneladas de equipamentos com som, luz e o enorme painel de LED. Diversos outros circos também contam com tecnologia para a apresentação dos espetáculos com números atualizados, visando conquistar a nova geração.
De acordo com um levantamento realizado pela Fundação Nacional das Artes (Funarte) em julho de 2020, há quase 700 circos em atividade no Brasil. No entanto, pesquisadores acreditam que possam existir mais de 2 mil circos, entre pequenos, médios e grandes.