PARA REFLETIR

Espetáculo ‘Cura’, de Deborah Colker, terá duas sessões em Goiânia

As apresentações acontecem nos dias 4 e 5 de junho e os ingressos já estão à venda

O espetáculo será apresentado no Teatro Goiânia (Foto: Divulgação - Leo Aversa)

Nos dias 4 e 5 de junho (sábado e domingo), o Teatro Goiânia recebe o espetáculo “Cura”, da Cia de Dança Deborah Colker. Um trabalho emocionalmente forte, foi desenvolvido justamente durante um processo de busca pela cura , resultando em um espetáculo que trata de ciência, fé e da luta para superar limites.

A apresentação acontece às 21h no sábado, e às 19h no domingo. Os ingressos podem ser adquiridos por meio da plataforma Sympla, com valores entre R$ 25 a R$ 200, a depender do setor escolhido na plateia e do tipo de bilhete (meia ou inteira).

Sobre o espetáculo “Cura”

Durante os últimos anos, Déborah Colker, que é coreógrafa, dedicou seu tempo em uma busca pela cura, na tentativa de encontrar uma solução para a doença genética do neto, que tem epidermólise bolhosa.

Foi dessa angústia pessoal que criou forças para desenvolver um novo trabalho, que resultou em um espetáculo que vai muito além do aspecto autobiográfico. Com dramaturgia de Nilton Bonder e trilha original de Carlinhos Brown, a peça promete encantar e emocionar o público.

E estreia aconteceu no dia 6 de outubro do ano passado, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. Desde então, já passou por outras 9 cidades e um total de 48 apresentações. Agora, o projeto desembarca em Goiânia para duas sessões, onde o público poderá imergir no espetáculo.

Espetáculo 'A Cura' em Goiânia, de Deborah Colker
Bailarinos encenam a peça (Foto: Divulgação – Leo Aversa)

O espetáculo “Cura” foi concebido por Déborah no ano de 2017, mas foi somente após a morte do físico teórico Stephen Hawking, que encontrou o conceito para a execução da peça.

Embora acometido por uma doença degenerativa, a ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), o cientista ainda viveu até seus 76 anos e ainda se tornou um dos maiores nomes da ciência, contrariando as expectativas médicas.

Ao se dar conta disso, a coreógrafa percebeu que as formas de cura vão muito além do que a medicina possibilita, e que ainda são um verdadeiro mistérios.

“Quando foi diagnosticado, os médicos deram a Hawking três anos de vida. Ele viveu mais 50, criativos e iluminados. Entendi o que é a cura do que não tem cura”, comenta.

“A pandemia me fez ter certeza de que não era apenas da doença física que eu queria falar. A cura que eu quero não se dá com vacina”, completa Colker.

Inspiração

Ao longo do espetáculo “Cura”, o público pode observar que há momentos de dor apresentados no palco, mas que há esperança no final. Dessa forma, a coreógrafa comenta que busca sempre representar a alegria, mesmo nos momentos mais difíceis.

Diversos elementos foram adicionados ao espetáculo, com referências a três religiões monoteístas e elementos da cultura africana, indígena e orientais, que podem ser vistos ao longo da peça. Já no início, é contada a história de Obalauê, orixá das doenças e das curas.

Inicialmente, Carlinhos Brown havia sido convidado apenas para compor o tema de Obalauê. No entanto, sua participação acabou se dando em toda a trilha do espetáculo, dono dos versos “Traga meu sorriso para dentro” e “Sou mais forte do que a minha dor”.

Serviço

Espetáculo “Cura”, da Cia de Dança Deborah Colker

Quando: 4 e 5 de junho (sábado e domingo)

Onde: Teatro Goiânia – R. 23, 252 – St. Central, Goiânia – GO, 74015-120

Horário: sábado às21h / domingo às 19h

Ingressos: R$ 25 a R$ 200

Vendas: Sympla

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