Filme sobre o Martim Cererê será lançado neste domingo (01)
Símbolo vivo da cultura goianiense, o Centro Cultural Martim Cererê, terá sua história contada no…
Símbolo vivo da cultura goianiense, o Centro Cultural Martim Cererê, terá sua história contada no documentário “Martim Cererê – 30 Anos de Cultura“, que será lançado neste domingo (01).
Considerado um dos espaços de maior tradição da cultura local, o Martim é cheio de histórias e curiosidades, sendo palco para as mais diversas manifestações artísticas, entre música, dança, teatro, vídeo, cinema e muito mais.
Tem um lugarzinho especial no coração dos roqueiros da cidade, sendo casa para alguns dos mais importantes eventos da cena underground em Goiânia.
33 anos de Martim Cererê
O Centro Cultural Martim Cererê, foi inaugurado como um espaço de cultura na cidade, na data de 20 de outubro de 1988. Em 2021, completa seus gloriosos 33 anos na cena local, com muita história e um inestimável valor sociocultural.
O documentário, que tem direção de Pedro Fernandes, produção de Alex Pereira e fotografia de Paulo Henrique Macedo, foi realizado com recursos do Fundo de Amparo à Cultura (FAC), aprovado no edital de 2018 e filmado entre os meses de maio e junho deste ano.
Assim, os “30 anos” citados no título do documentário, fazem referência à data de sua aprovação. Em todo caso, o filme segue com o mesmo objetivo: o de registrar e resgatar a memória de um dos mais importantes espaços culturais da cidade.
Sobre “Martim Cererê – 30 Anos de Cultura”
Martim Cererê – 30 Anos de Cultura, será lançado neste domingo (01), às 17h, pelo Facebook e canal do documentário no YouTube. O acesso será gratuito para todos que tiverem interesse em assistir.
O diretor, locutor, produtor e apresentador Pedro Fernandes, conta que tem uma história antiga com o lugar, que marcou tanto sua vida pessoal, quanto profissional.
“Passei grande parte da minha vida no Martin, onde inúmeras vezes eu estive ou fazendo coberturas, entrevistas ou apresentado vários eventos, como o Bananada, Goiânia Noise, Rock Solidário e tantos outros“, comenta.
“É um ambiente que faz parte da minha história e é um dos espaços mais importantes da cultura goiana e do Brasil”, finaliza o diretor do filme.
Ao longo do curta, o espectador poderá acompanhar entrevistas com grandes personalidades, que têm histórias que se confundem com a do próprio espaço. São pessoas que tiveram suas carreiras impactadas e fazem parte de tudo que o Martim Cererê representa.
Nomes como Kleber Adorno, Sérgio Pato, Carlos Brandão, Tetê Caetano, Leo Bigode e Isabela Eva e Adriana Veloso figuram entre as personalidades que narram capítulos importantes das três décadas de Martin.
Kleber Adorno foi um dos principais responsáveis pela idealização do espaço, e conta que seu desenvolvimento fez parte de um belo processo de ocupação, inteligência e sensibilidade pela arte.
Márcio Junior, que é produtor e também já atuou na gestão do local, afirma que o Centro Cultural Martim Cererê é o principal instrumento cultural do estado, um dos mais importantes do país e que também tem reconhecimento nacional para isso.
História e importância
Antigamente, o espaço era utilizado para o abastecimento de água na cidade. Os teatros conhecidos hoje como “Ygua” e “Pygua”, eram caixas d’água da Saneago – Companhia de Abastecimento de Goiás.
Após ser inutilizado para tal fim, o secretário de Cultura da época, o escritor Kleber Adorno, quis aproveitar o local como um espaço destinado às expressões artísticas. Assim, o Centro Cultural Martim Cererê foi inaugurado em 20 de outubro de 1988.
Sob o comando do arquiteto Gustavo Veiga, os antigos reservatórios de água foram transformados em teatros, com a proposta de receber também a instalação de outros espaços físicos, que seriam destinados às mais diversas atividades culturais.
Hoje, o espaço pertence à Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), e entre seus principais objetivos, estão a formação de atores e fomento à produção teatral e musical na cidade.
Um dos muitos mistérios que cercam o espaço, é sobre ter sido utilizado como câmara de tortura no período da ditadura militar, embora não constem dados oficiais que confirmem ou neguem a informação.
Por ali é possível contar com três teatros. O Yguá, (que significa “lugar de guardar água” em xavante), tem poltronas fixas e capacidade para receber até 190 pessoas.
O Pygua, (caverna de água), que tem poltronas móveis e capacidade para até 300 pessoas; e o Ytakuá (buraco na pedra), que funciona como um teatro arena e tem capacidade para até 500 pessoas.
Os visitantes do espaço também podem contar com o Bar Karuhá (lugar de comer), que tem um espaço para lanchonete e também recebe eventos ao ar livre, como lançamentos literários, declamações de poemas, entre outras atividades do tipo.
Serviço
Lançamento do curta-metragem documentário “Martim Cererê – 30 Anos de Cultura”
Quando: 1º de agosto (domingo)
Horário: 17h
Acesso: gratuito
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