Literatura

Nega Lilu Editora lança dois livros nesta sexta

O Evoé Café com Livros recebe nesta sexta-feira (12), a partir das 19h, o lançamento…

O Evoé Café com Livros recebe nesta sexta-feira (12), a partir das 19h, o lançamento de dois livros da Nega Lilu Editora, em seu novo selo literário. Pela Naduk, as antologias de contos e crônicas Os olhos do bilheteiro e As dores de Josefa estreiam a Coleção E/Ou e começam a ser vendidas no local, no valor de R$25. A entrada para o evento é gratuita.

Os livros têm 32 novos autores goianos e sete convidados, entre Carlos Brandão, Pilar Bu, Larissa Mundim, Pio Vargas e Cássia Fernandes. Manuela Costa, estudante de cinema e estagiária no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD Brasil), é a escritora que assina o conto que nomeia As dores de Josefa. “Eu acredito que é porque ele simboliza uma nova fase da literatura goiana no que diz respeito ao selo Naduk e ao E/Ou”, explica ela. “Mas vindo de mim, acho que é muito presunçoso. É um conto de empoderamento feminino, domínio do próprio corpo”.

Ela conta que, inicialmente, participaria das coletâneas com uma crônica e três contos, mas a crônica acabou saindo do resultado final. “Eu e a Larissa [Mundim] decidimos retirar a crônica, que foi o texto mais bem pontuado, para fazer um livro. Os que estão na antologia são As dores de Josefa, Fazenda e Café Paris”.

Esta é a sua primeira publicação, e ela não poderia estar mais satisfeita. “É incrível. Eu ainda não acredito que isso tá acontecendo. Era um sonho meu, é a maior coisa da minha vida saber que pessoas vão ler o que eu escrevo e talvez se relacionar com isso da forma como eu me relacionei com dezenas de autores desde pré-adolescente” diz ela. “Eu sempre li muito e naturalmente isso me fez gostar de escrever e de português desde pequena, mas eu comecei a me formar como escritora a partir dos 14 anos, que foi quando eu comecei a escrever histórias diariamente pra saber o que ia acontecer”.

Outro autor que está estreando no mundo literário é o jornalista José Abrão, repórter do Mais Goiás. Ele esclarece como foi o processo de criação dos livros: “Foi aberto um edital de prosa e poesia e os textos foram escolhidos por um grupo de jurados. Ao final do primeiro edital, não foi preenchida a quantidade desejada de textos em prosa, então abriram outro edital. Foi tenso. Eu inscrevi o número máximo de textos nos dois editais. Tive sorte de conseguir ser selecionado nos dois”.

“Incrível” é adjetivo usado por ele também para explicar o sentimento de ver suas palavras no papel. “É o tipo de coisa que você deseja profundamente, mas não espera que aconteça”, diz ele. “Escrevo desde os 10 anos depois que li Harry Potter e a Pedra Filosofal. Até então, eu não sabia que livros podiam ser divertidos. Então eu pegava os faz-de-conta da minha cabeça e punha no papel e desenhava. Era tudo horrível e um mosaico dos desenhos animados que eu gostava, mas continuei lendo e escrevendo desde então”.

De acordo com ele, as antologias não se apegam a um tema central, o que é uma característica positiva. “Fomos limitados apenas por formato, então os autores puderam escrever textos de todos os estilos e gêneros. Dos meus contos selecionados, um é uma crônica convencional, já o outro possui elementos fantásticos.”

O Evoé Café com Livros está localizado na Rua 91, no Setor Sul.