Orquestra Sinfônica de Goiânia retoma atividades online
Há quase um ano a pandemia de Covid-19 surpreendeu o mundo todo, fazendo com que…
Há quase um ano a pandemia de Covid-19 surpreendeu o mundo todo, fazendo com que vários setores precisassem de adaptar a um novo formato de trabalho. O setor cultural foi um dos mais afetados, fazendo com que a Orquestra Sinfônica de Goiânia precisasse interromper suas atividades presenciais.
Devido às restrições impostas pelas autoridades sanitárias, motivadas agora pela segunda onda da pandemia, a orquestra, que já havia retomado suas atividades presenciais, retornou com as ações e programas desenvolvidos em home office.
Segundo o maestro e diretor Eliseu Ferreira: “A música de concerto acontece de forma ideal na presença do publico. Por melhor que seja a captação de áudio e vídeo, ela nunca vai substituir aquela troca de energia que acontece presencialmente. Consumir música gravada pra quem já está habituado a esse ambiente, é como consumir comida enlatada, doce processado“, reflete o maestro Eliseu.
Apesar disso, ele pontua que estamos vivendo uma crise sanitária histórica e todos os setores estão precisando se adaptar, sobretudo o cultural, obedecendo às autoridades. Desde o início da pandemia, a Orquestra Sinfônica de Goiânia ficou um período aproximado de 15 dias fazendo alguns trabalhados de forma adaptada. No entanto, logo retornou às atividades com algumas mudanças.
Em abril do ano passado, começaram um período de aprendizagem, trabalhando em ambiente virtual. Realizaram uma série de apresentações com transmissões ao vivo, ações pedagógicas, projetos em datas comemorativas, entre outras atividades transmitidas ao público pelo ambiente online.
Eliseu menciona que um dos maiores desafios foi ter que aprender a lidar com a tecnologia. Para um setor tão acostumado com o calor humano e a troca de energia com a plateia, lidar com câmeras, atuação virtual e presença nas redes sociais foi um pouco difícil no começo.
Ao mesmo tempo, o maestro afirma que este também foi um lado positivo. Agregar a comunicação online às atividades da orquestra foi importante para manter um relacionamento próximo com o público. É uma prática que pretendem manter mesmo quando for seguro voltar aos palcos.
Foi somente no final do ano que a Orquestra Sinfônica de Goiânia começou a realizar algumas atividades presenciais novamente. A expectativa era de que pudessem continuar, mas foi preciso dar alguns passos para trás, visando sempre a saúde dos músicos e claro, do público, seguindo as regras de distanciamento.
Cursos na Orquestra Sinfônica de Goiânia serão abertos em breve
Durante esse período de pandemia, a atuação está sendo em regime de REANP (Regime Especial de Aulas Não Presenciais). Já foi oferecido um curso no semestre passado e, agora, está sendo preparada uma nova turma para ser lançada em breve.
“Temos agregado à Orquestra Sinfônica, um núcleo pedagógico com grupos bolsistas, com o Coro Juvenil de Goiânia, Orquestra Jovem Joaquim Jaime e a Banda Juvenil de Goiânia. Todos são grupos bolsistas que compõem uma parte dessa rede do núcleo, que é de formação musical“, conta o maestro.
Assim que os editais saírem, o público interessado poderá ter acesso por meio das redes sociais da Orquestra Sinfônica de Goiânia (Instagram e Facebook). Serão oferecidas aulas de canto, de violão, saxofone, flauta transversal e outros, com duração de 80 horas.
“A Orquestra Sinfônica de Goiânia é uma orquestra pública, que recebe recursos públicos, então temos que fazer o possível para dar um retorno à sociedade, levando cultura e educação musical para os munícipes. Acreditamos que, principalmente nesse momento de crise, de pandemia, a cultura é uma asa em que a gente pode se agasalhar, tendo papel fundamental para um respiro“, comenta o maestro.
Ainda acrescenta: “Goiânia é uma cidade privilegiada. Temos a Orquestra Sinfônica, um coro sinfônico profissional, além disso um grupo de estudantes. A nossa expectativa é atingir a cidade como um todo. Temos ainda um projeto que vamos levar adiante, com uma atuação intensa nas periferias da cidade, com o objetivo de ampliar o acesso à orquestra“.
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