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Marcelo Gross traz álbum Chumbo e Pluma ao Martim Cererê

Em maio nasce o segundo filho solo de Marcelo Gross, o cantor, guitarrista e compositor…

Em maio nasce o segundo filho solo de Marcelo Gross, o cantor, guitarrista e compositor cuja carreira principal é a de membro fundador da banda gaúcha Cachorro Grande. Um pedaço do novo trabalho – e ele vem dividido em dois – poderá ser conferido bem de perto pelos goianos nesta quinta-feira (13), no Centro Cultural Martim Cererê.

Depois da estreia com o CD Use o Assento para Flutuar (2013), lançado pelo selo goiano Monstro Discos, vem por aí Chumbo e Pluma. “Eu estou em processo de finalização do disco. O show em Goiânia vai ter a parte do Chumbo e umas músicas do primeiro disco. O show de lançamento eu vou acabar fazendo com o Pluma, começando com o violão, e depois engato as músicas mais agitadas, a parte elétrica”, explicou o gaúcho.

“O Chumbo e Pluma vem do conceito do disco. É um álbum duplo, são dois álbuns ao mesmo tempo. Um de rock, um pouco uma continuação do que eu já vinha fazendo no primeiro disco, que é o último, o Use o Assento Para Flutuar, e um de baladas acústicas”, conta. “O nome vem dessas dualidades, dessa coisa que a galera vive hoje em dia de polaridades tão diversas”.

Gross começou na cena musical como guitarrista da banda de Júpiter Maçã, com quem tocou durante a turnê do álbum A Sétima Efervescência. Aos 43 anos, já soma 18 na Cachorro Grande, na qual é compositor de grandes sucessos Sinceramente, Lunático, Você me faz continuar, Dia Perfeito, Conflitos Existenciais e Que Loucura.

(Foto: Roberta Lopes)

“As minhas influências são as mesmas de sempre. John Lennon, bastante Neil Young, principalmente o lado das baladas, dos cantores brasileiros tem o Arnaldo Batista”, ele enumera. “A primeira banda do Neil Young, que é o Buffalo Springfield, que eu ouvi bastante para fazer, e as turmas de sempre, como os Mutantes, algumas coisas novas, como Kula Shaker, que tem uma pegada mais indiana”

Sobre o novo álbum, Marcelo define: “As músicas têm influências de The Clash, funk, uma pegada anos 70. E as letras falando que noite é noite, tem canções mais antigas que estavam guardadas na gaveta, tem canções mais recentes, algumas que eu escrevi para a Cachorro Grande que não entraram no disco, e outras que eu nem cheguei a mostrar para eles que são mais pessoais e eu guardei”.

Correrias

Ele garante que é fácil separar um trabalho do outro, já que as pegadas são diferentes. “Depois que a música está pronta, eu vejo o que é, para o que é mais adequado. Porque ela sai naturalmente”. Os colegas também ajudam na seleção: “Normalmente as letras mais pessoais vão para o meu trabalho solo. Sempre acabo mostrando alguma coisa, e alguém sempre acaba se empolgando mais que o outro”.

“Não é sempre que a Cachorro tem show, e quando acho brechas, acabo aproveitando para fazer o meu trabalho. Eu tenho um outro trabalho com um pessoal de São Paulo, que é mais na linha de tocar as músicas das bandas que a gente gosta, então estou fechado mas estou fazendo”, conta.

Em março de 2016, no meio de tanta correria, a banda toda ainda realizou um dos seus maiores desejos: conhecer e abrir um show para a sua banda preferida, os Rolling Stones. “Foi um sonho inimaginável, uma honra. É gigante, além de ter a honra de abrir para eles foi no estádio do meu time, o Beira-Rio, que eu torço para o Internacional, e foi muito emocionante”.

(Foto: Roberta Lopes)

“E a gente ainda teve a oportunidade de conhecê-los, ver a humildade, a camaradagem. Isso só deu mais força para gente continuar. No meio de toda a dificuldade que todo mundo está passando, trazer um pouco de alegria, um pouco de rock ‘n roll para o pessoal”, reflete.

“Com Goiânia a gente tem uma história longa. A gente toca desde 2002, 2003 nos festivais da Monstro, no Bananada, mas é difícil porque muitas vezes a gente chega na cidade para tocar e já tem que ir embora em seguida. Mas aí sempre que pode a gente chega mais cedo para ver as outras bandas que tocam, geralmente no Martim Cererê, que é sempre bom estar de olho nas novidades”.

Gosta tanto de Goiânia que foi daqui que saiu, fresquinho, o Use o Assento. “Foi uma honra ter meu primeiro disco lançado por eles [A Monstro]. Eles fazem um trabalho bonito, de mostrar o som e colocar na roda para a galera ouvir. Foi bacana, legal ver que tem toda uma cena de rock aí em Goiânia, uma cidade conhecida pelo sertanejo. Eles fazem a cidade ser uma das capitais do rock no Brasil com a perseverança”.

Show

A noite terá ainda participação de Jukebox from Hell, que lança um novo trabalho, Mellow Buzzards, com single novo, OK Johnny e Melodizzy. O Martim terá também discotecagem em vinil, bazar de discos, roupas e acessórios e um festival de food trucks. Os shows serão a partir das 18h, com ingressos antecipados a R$20 e R$30 na bilheteria.

Os ingressos estão à venda na Hocus Pocus, Detroit Steakhouse, Loja do Ervilha, Woodstock Bar e American Music, além do site  www.meubilhete.com/marcelogross. O Centro Cultural Martim Cererê está localizado na Rua 94-A, no Setor Sul.

Ouça Morangos e Maçãs, single do álbum Chumbo e Pluma, lançado na última sexta (7):