Greve de administrativos da Educação impacta cerca de 30% das escolas e CMEIs de Goiânia
Prefeitura de Goiânia diz que diálogo com servidores continua
Pelo menos 116 escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) estão com atendimento total ou parcialmente comprometido em decorrência da greve deflagrada na terça-feira (26/09) passada e que teve início hoje (02/10) em Goiânia. Algumas unidades estão funcionando apenas por um período.
Como a greve foi deflagrada por servidores administrativos, professores continuam dando aulas mas o trabalho acaba ficando comprometido. Serviços básicos de limpeza, fornecimento de alimentação e até atendimento na secretaria deixam de ser realizados durante o período da paralisação. No total, são aproximadamente 400 escolas e CMEIs que compõe a rede pública municipal.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), as principais demandas dos trabalhadores são reajuste no pagamento da data-base, auxílio-locomoção mas o principal mesmo se dá na reestruturação do plano de carreira para a categoria.
O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) chegou a declarar que não acreditava que a greve pudesse ir adiante. “Acredito que não vai ter greve. O administrativo sabe da responsabilidade e o processo tem sido realizado com todos os servidores da prefeitura”, comentou rapidamente o prefeito durante entrevista coletiva realizada no mesmo dia em que a paralisação foi deflagrada.
Questionada se houve algum avanço na negociação, a Prefeitura de Goiânia tem encaminhado o mesmo posicionamento com pequenas alterações desde quarta-feira (27/09). O executivo municipal diz que as negociações continuam e atribuem ao Governo Federal com a “queda dos repasses” os motivos pelos quais não atendem as demandas dos servidores.
Leia a nota na íntegra da Prefeitura de Goiânia:
A gestão municipal trabalha para garantir atendimento aos estudantes de Goiânia e segue dialogando com os servidores administrativos.
A prioridade, neste cenário, é garantir que as famílias não sejam prejudicadas. O remanejamento legal de servidores operacionais, quando necessário, para ocupações operacionais em escolas e Cmeis contribui com a garantia do direito essencial à educação.
Além de atrasar o ano letivo, a paralisação pode interferir no processo de ensino-aprendizagem no momento em que os estudantes estão recuperando as aprendizagens perdidas na pandemia.
Propostas apresentadas pela categoria estão sendo avaliadas com responsabilidade fiscal, uma vez que Goiânia, assim como todos os municípios brasileiros, apresentou queda de repasses federais.