Coincidência? Na semana seguinte à posse de Donald Trump como presidente dos EUA, o clássico distópico 1984, escrito pro George Orwell, bateu recorde de vendas. Segundo o The New York Times, o romance, publicado em 1949, está em primeiro lugar na lista de vendas da Amazon, o que forçou a editora Penguin USA a encomendar 75 mil novas cópias.
Segundo o jornal, a procura começou no sábado e atingiu o pico na terça-feira (24), com um crescimento de 9.500% em procura. Acredita-se que a procura tenha acontecido após uma assessora defender Donald Trump.
O presidente dos EUA teria declarado que seu público na posse foi o maior de todas as posses presidenciais dos Estados Unidos. Quando confrontada sobre isso ser mentira, Kellyanne Conway, uma assessora da Casa Branca, disse que o contrário eram “fatos alternativos”, uma discussão que explodiu na imprensa gringa envolvendo a definição de fato: um acontecimento baseado na realidade objetiva.
O livro fala sobre um futuro sinistro para a humanidade em que tudo é controlado pelo Estado que vive em um constante estado de guerra e que vigia seus cidadãos através do Grande Irmão em que fatos são controlados e livros de História são reescritos. O slogan do governo de 1984 é “Guerra é paz; liberdade é escravidão; ignorância é força”.
Outros livros distópicos também entraram para a lista dos mais vendidos da Amazon. Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, voltou à lista dos 100 mais vendidos e está na posição 71. Outro que retornou para a lista é As Origens do Totalitarismo, de Hannah Arendt.