Música

A Construtora anuncia programação completa do Festival Bananada

Liniker, Planet Hemp e Jorge Ben Jor compõem as atrações principais

Em evento de lançamento realizado na manhã de terça-feira (29), Fabrício Nobre, diretor d’A Construtura, anunciou a programação completa do Festival Bananada 2016 que acontece do dia 9 a 15 de maio no Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON) e em outras 30 casas, bares, restaurantes e boates de Goiânia. Mais de setenta artistas compõem o rol de atrações, capitaneado por Jorge Ben Jr (sexta-feira, dia 13, às 0h50), Liniker (sábado, dia 14, 23h10) e Planet Hemp (domingo, 22h45). Além de Fabrício, também deram uma palavria o atual gestor do CCON, o professor de Cinema Lisandro Nogueira e a secretária de cultura, esporte e educação Raquel Teixeira.

 

Entre as demais atrações, estão grandes nomes nacionais locais, de outros estados e até gringos: Killing Chainsaw,Omulu, Silva, Yonatan Gat, The Helio Sequence, Carne Doce, Hellbenders e muito mais. Os ingressos já começaram a ser vendidos pela internet e também na Ambiente Skate Shop, na Tribo, na Casulo Moda Coletiva, na Is Cool Tattoo e na Shuffle Mix. Você também pode conferir a programação completa e comprar ingressos online pelo próprio site do festival: festivalbananada.com.br. O ingresso para cada dia custa R$ 30 e a censura do evento é 18 anos. Ou seja, menores só podem entrar acompanhados pelos pais ou responsável.

 

“O assunto de que se fala hoje é um só: é a tal da crise”, disse Fabrício Nobre durante o lançamento, “Dizem que somos loucos em fazer um evento de cultura na ordem de R$ 1 milhão, e somos mesmo, não é de hoje. Fazemos o festival desde 1999”, contou. O festival chega à sua 18ª edição e ele mencionou a dificuldade em conseguir apoio do governo: “Mais uma vez não captamos a Lei Rouanet. É uma missão impossível. Vou chamar o Tom Cruise, porque é mais fácil pular de um avião em movimento”. Fora do evento principal no final de semana, vários outros shows vão acontecer em casas parceiras do festival, como Bolshoi Pub, El Club, Shiva Bar, República, Complexo, Metrópolis, e outras casas noturnas.

 

Lá no CCON, durante o final de semana, o público poderá acompanhar três palcos: o principal, o palco Skol, patrocinadora do evento, e o palco Mancha: “Lá em São Paulo existe uma casa pequena e alternativa que é o bar do Mancha. Lá só tocam em um espaço mínimo as bandas mais novas, as novidades. Por isso, vamos reproduzir esse palco no festival, com show de bandas novíssimas na cena”, contou Nobre.

 

Segundo Fabrício, o festival do ano passado teve um público de18 mil pessoas no CCON e de 21 mil somando as ações pela cidade. Este ano, ele espera que este número aumento, incluindo novas iniciativas e novos locais ao balaio que compõe o festival ao longo de uma semana, culminando com o line-up principal do final de semana. A primeira destas iniciativas é o Bananada no Teatro, com programação no Teatro Sesc e no Teatro Sesi, ambas censura livre. A abertura do festival será no Teatro Sesi no dia 9 com show de Bruna Mendeze e Kastelinjs, Mahmundi e Thiago Pethit. Depois, no dia 11, o Sesi recebe João Lucas cantando as músicas de Carlos Brandão e Liniker, uma das atrações principais do final de semana. No dia seguinte, é a vez de Fred Vale se apresentar no Teatro Sesc Centro.

 

Outra novidade será o Goiânia Crew Attack, evento dedicado à skate. Segundo Nobre, serão dois finais de semana com competição censura livre para skatistas e depois, durante o final de seman do festival, o CCON terá uma pista profissional dedicada. Mais detalhes virão em breve com um lançamento oficial próprio e mais detalhes. Ano passado, o Bananada trouxe polêmica com sua ação de artes plásticas que interviu em uma nas paredes do CCON que foi decorada pelos artistas do Bicicleta Sem Freio: “Vocês devem ter ouvido falar disso”, brincou Fabrício. Após muita discussão, a arte acabou sendo retirada do centro cultural, mas renasceu em todo o material gráfico desse ano: “O mesmo desenho está em pôsteres, canecas…Pra mim, o Bicicleta Sem Freio é o maior expoente de arte contemporânea em Goiânia. Esse é o grau de importância deles pra cidade. Pra mim, eles são a nova Cora Coralina”, declarou Fabrício. Ele prometeu uma nova ação de artes visuais coletivas durante o festival, reunindo cerca de 35 artistas plásticos convidados atuando em conjunto no CCON. Será que vai ter nova controvérsia?

 

Além disso, durante a semana do festival, diversos restaurantes vão ter em seus menus um prato especial e de preço acessível inspirado nos shows: é o Circuito Gastronômico Rock City. No site é possível conferir todos eles que são tão diversos quanto as bandas. Se nos palcos teremos MPB, rap, rock e música eletrônica, no circuito entrarão locais como Tio Bákinas, Moony, Studio Burger, Poema Gourmet, P de Pizza e muitos outros. Repetindo o sucesso do ano passado, quem for ao CCON poderá desfrutar do The Flash Weekend Tattoo. Por ordem de chegada, você pode fazer a sua tatuagem na hora com grandes tatuadores daqui e de fora: “Estamos tentando trazer grandes nomes do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Espírito Santo e de Brasília para participar com a gente”, disse Nobre.

 

Outra iniciativa nova é o Meninada no Bananada, um local dedicado para crianças de 2 a 10 anos para os pais que quiserem ir ao festival com os filhos: “O pessoal mais das antigas já tem filho e vários festivais já fizeram iniciativas similares. Não vai ser uma brinquedoteca ordinária, vai ter oficinas, brincadeiras, tudo isso sob supervisão de duas professoras”, revelou o produtor. Em breve fala, a secretária Raquel Teixeira agradeceu os produtores locais por seus esforços na cidade: “Nós temos uma política pública de cultura que está só engatinhando. Tenho que saudar vocês e reconhecer estas pessoas que carregam a cultura goiana nas costas há 15, 20 anos apesar da falta de apoio do Estado”. Já Lisandro foi sucinto: “Estou muito feliz de participar disso e estamos prontos para receber vocês”.

 

Após os anúncios, houve um pocket show da banda Carne Doce, uma das atrações do festival: “Foi um prazer muito grande receber esse convite para tocar aqui hoje. Desde que a gente começa uma banda a gente já sonha em poder tocar no Bananada e nos outros festivais daqui, antes mesmo de querer tocar em São Paulo”, disse Salma Jô, vocalista da banda, ao público ali reunido, “Ano passado nós já tocamos. Cedo, mas tocamos (risos) e já foi uma experiência fenomenal”. A banda em breve lança disco e cresceu em sucesso e no line-up do evento: este ano eles vão tocar na noite de sábado, logo antes de Jorge Ben Jor.