Em Berlim, de 11 a 15 de outubro, Goiânia estará no centro das atenções do maior festival de cinema do mundo dedicado à temática nuclear: o International Uranium Film Festival. No ano em que o acidente com o Césio 137 completa 30 anos, haverá uma sessão especial dedicada ao fato que é até hoje o maior acidente radioativo no mundo ocorrido fora de uma usina nuclear.
A sessão contará com duas produções originais de Goiânia: Algo do que Fica, de Benedito Ferreira, e Rua 57, Número 60, Centro, de Michael Valim, além da co-produção Brasil/Suécia Tem césio no meu sangue, de Lars Westman.
Cena do filme Rua 57, Número 60, Centro
O Uranium Film Festival fez parte da mostra especial da 19ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental – Fica 2017 e agora com o apoio da Secretaria da Educação, Cultura e Esporte de Goiás leva para Berlim o premiado cineasta Benedito Ferreira.
Algo do que Fica reflete com grande sensibilidade artística a memória do acidente com o Césio 137 de Goiânia. O filme coloca a produção atual goiana no centro da cinematografia mundial que estará em Berlim refletindo sobre a Era Atômica.
A importância de refletir sobre a temática atômica no mundo levou o Ministério do Meio Ambiente e Segurança Nuclear da Alemanha a apoiar o Uranium Film Festival, um festival de cinema que nasceu no Rio de Janeiro e chega agora pela sexta vez em Berlim, no maior centro cultural da capital alemã, o Kulturbrauerei em Prenzlauer Berg.
O diretor de Algo do que Fica, Benedito Ferreira estará com mais dez cineastas de várias partes da Alemanha, do Japão, França, Inglaterra e Argélia. Também estará presente Odesson Alves Ferreira, porta-voz da Associação Vítimas do Césio 137 (AVCésio). No total, o festival exibirá 28 filmes de oito países e realizará uma exposição fotográfica sobre o acidente com o Césio 137 de Goiânia, baseada no acervo da AVCésio, do CPdoc Jornal do Brasil e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).