INVESTIGAÇÃO

‘Acordou amarrada e presa’: rapper Sean ‘Diddy’ Combs é processado por suposto estupro em 2001

Combs também é acusado de transportar vítimas entre estados dos EUA com o objetivo de prostituí-las

Uma mulher processou o rapper Sean “Diddy” Combs nesta terça-feira, acusando-o de tê-la drogado e estuprado em 2001. Este caso se soma à já complicada situação legal do músico americano, que está preso sob acusações como tráfico sexual.

De acordo com o documento legal apresentado a um tribunal de Nova York, a demandante tinha 25 anos quando foi levada ao estúdio de Combs, Bad Boy Records, em Nova York, para uma reunião. Ela perdeu a consciência após receber uma bebida das mãos do rapper e de seu segurança.

“Ela acordou amarrada e presa”, diz o processo.

Combs e Joseph Sherman, seu então segurança, “procederam a abusá-la brutalmente e estuprá-la. Combs a estuprou sem piedade, anal e vaginalmente”.

Combs, de 54 anos, está aguardando julgamento em uma prisão de Nova York por acusações de tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição.

O rapper foi preso em 16 de setembro, e os promotores alegam que ele abusou de mulheres e as forçou a participar de festas sexuais com drogas por meio de ameaças e violência.

Combs declarou-se inocente.

Na semana passada, um juiz negou o pedido de sua defesa para que ele aguardasse o julgamento em liberdade sob fiança.

Thalia Graves, que permitiu a divulgação de seu nome, afirmou ter guardado silêncio sob ameaças por mais de duas décadas e descobriu em 2023 que os homens haviam gravado o estupro “e o mostrado a vários outros homens”.

“A dor interna após ser atacada sexualmente é incrivelmente profunda e difícil de descrever em palavras”, disse Graves nesta terça-feira em uma coletiva de imprensa emocional em Los Angeles, ao lado de sua advogada, Gloria Allred.

“É uma dor que te atinge no mais profundo e deixa cicatrizes emocionais que nunca cicatrizarão completamente”, acrescentou em meio a um choro intenso.

Allred, conhecida por defender mulheres vítimas de abuso, afirmou que a ação judicial busca destruir e impedir a divulgação do suposto vídeo, além de exigir uma compensação financeira pelos danos físicos e emocionais causados pelo ataque.

Além das acusações de tráfico sexual e associação criminosa, Combs também é acusado de transportar vítimas entre estados dos EUA com o objetivo de prostituí-las.

Os promotores o acusam de liderar uma organização criminosa que forçava essas mulheres a manter relações sexuais sob ameaça de violência, insegurança financeira ou de arruinar suas reputações.

Também conhecido como Puff Daddy ou P. Diddy, Combs tornou-se uma figura influente na comercialização do hip-hop, produzindo estrelas como o falecido The Notorious B.I.G.

Via O Globo