Adele proíbe Trump de usar suas músicas em campanha
Político se envolve em mais um caso de uso indevido de canções
Em pleno período eleitoral dos Estados Unidos, o pré-candidato à presidência Donald Trump tem utilizado as canções de Adele para animar seus comícios. Porém, ela decidiu proibir o uso de suas músicas, já que seus fãs demonstraram descontentamento com o fato.
Constantemente, Trump, que também é fã da cantora britânica, tem tocado “Rolling In The Deep” para aquecer sua campanha eleitoral. Ele ainda tem feito uso de “Skyfall”, tema de James Bond, no momento após seu discurso sobre o futuro dos Estados Unidos.
Depois de receber diversas reclamações por parte de seus seguidores, Adele deixou claro que não endossa Trump ou o uso das suas músicas pelo empresário. A cantora foi questionada ainda se estaria sendo paga pelo uso das suas músicas. “Adele não deu permissão para que sua música fosse usada em qualquer campanha política”, disse um porta-voz da cantora ao jornal The Independent.
Nas redes sociais, é possível encontrar comentários repudiando a atitude do candidato: “Não acho que ele pediu sua aprovação. Esperemos que ela se oponha”, tuitou um.
“Nãoooooo!! Adele não!! Trump tem que estragar isso também?!,” questionou outro. “Acho que ela está se contorcendo tanto quanto nós estamos… gostaria que ele se afogasse nas profundezas. Esse fanático”, escreveu outro.
Trump já havia irritado os fãs de Adele depois de “furar a fila” para chegar ao seu assento na apresentação exclusiva da britânica no Radio City Music Hall, em novembro passado.
Polêmico
Não é a primeira vez que o empresário multimilionário passa por situações constrangedoras envolvendo músicos e o uso indevido de suas obras. O vocalista do Aerosmith, Steven Tyler, já ordenou que Trump parasse de usar a balada “Dream On” em eventos. Os advogados do artista afirmam que Trump “não tem a permissão do nosso cliente para usar ‘Dream On’” ou qualquer outra canção de Tyler e que “dá a falsa impressão de que ele está conectado com ou endossando a candidatura presidencial do Sr. Trump”.
Outros músicos tiveram motivos para reclamar sobre o uso das suas canções por políticos. O líder do R.E.M., Michael Stipe, se opôs à utilização da canção “It’s the End of the World as We Know It (And I Feel Fine)”, utilizada por Trump e pelo senador do Texas Ted Cruz, outro candidato para 2016. Bruce Springsteen se opôs ao uso de “Born In The USA” por Ronald Reagan em 1984.