‘Amor Estranho Amor’: Vera Fischer critica Xuxa por tirar filme erótico de circulação
Produção traz a atriz como uma cafetina e a Rainha dos Baixinhos como garota de programa que tem relações com um pré-adolescente
Amor Estranho Amor, controverso filme erótico estrelando Xuxa, foi lançado em 1982. Até hoje, 37 anos depois, o impacto do longa reverbera na indústria do entretenimento brasileira. Vera Fischer, que também atuou na produção, criticou a apresentadora por retirar a película de circulação anos trás.
“Nunca aprovei essa atitute”, disse Vera durante o 26º Festival de Cinema de Vitória, no Espírito Santo (via Zero Hora). Walter Hugo Khouri [diretor] fez um filme lindo sobre a descoberta da sexualidade. A memória desse único, que sabia filmar a sensualidade como ninguém, precisa ser preservada”, completou.
Fischer disse que ficou “muito chateada”, porque “queria que o Brasil visse meu trabalho” em Amor Estranho Amor. Vera, entretanto, nunca manifestou-se judicialmente contra atitude de Xuxa. Segundo ela, porque não é creditada como produtora do longa.
Relembre a polêmica com Amor Estranho Amor
O longa-metragem acompanha Hugo, um garoto de 12 anos, filho de uma cafetina (Vera Fischer) que descobre a sexualidade com uma das prostitutas do bordel. Xuxa, à época com 16 anos, bem antes de tornar-se a Rainha dos Baixinhos, aparece nua e, em algumas cenas, tem relações sexuais com o menino.
A apresentadora entrou na Justiça para retirar Amor Estranho Amor de circulação. Todas as fitas VHS foram retiradas das locadoras e proibiu-se a exibição deste filme erótico na televisão.
Devido a Amor Estranho Amor, o nome de Xuxa é associado a pedofilia vez ou outra. A apresentadora chegou a entrar com um processo contra o Google para que seu nome e o crime não fossem associados em pesquisas. Ela, entretanto, perdeu a batalha judicial.
Vera Fischer
No 26º Festival de Cinema de Vitória, Vera Fischer recebeu o Troféu Vitória pela contribuição da atriz à cultura brasileira. Ela estará nos cinemas em 2020, no longa-metragem Quase Alguém, de Daniel Ghivelder.