É justo?

Artistas fazem lobby para conseguir indicações ao Grammy, aponta revista

Segundo matéria publicada na revista Billboard, gravadoras chegam a desembolsar US$ 150 mil para que academia note os cantores

Billboard acusa artistas e gravadoras de fazer lobby para conseguir indicação ao Grammy

A edição desta semana da revista Billboard traz à tona uma discussão sobre a corrida pelo Grammy, o mais importante prêmio da música. Conforme publicado, artistas e gravadoras fazem lobby para que sejam lembrados pela Academia que escolhe esta honraria da indústria fonográfica. Para chamar a atenção, compram mídias cujo valor flutua entre US$ 8 mil e US$ 150 mil (algo em torno R$ 32 mil e R$ 624 mil).

Uma das mídias mais visadas é o outdoor. As gravadoras colocam o rostos dos artistas ao longo de West Hollywood, nos EUA, com a frase “for your consideration” (para a sua consideração). Além disso, empresários e relações públicas agendam entrevistas em programas de televisão com grande audiência e usam de artimanhas de marketing para manter o nome dos clientes nas manchetes. Também citam-se shows gratuitos particulares ou em eventos da Academia.

Especula-se que foi assim que o rapper Post Malone conseguiu as indicações ao Grammy deste ano. A publicação sugere ainda que Cardi B ganhou a estatueta de Melhor Álbum de Rap com o Invasion Of Privacy, devido à sua grande exposição na mídia.

A Billboard ouviu nomes ligados à indústria do Entretenimento nos EUA e, segundo publicado, a Academia do Grammy permite os outdoors, desde que não façam nenhuma referência explícita à premiação. A reportagem sugere, ainda, que dar atenção a artistas que estão nas manchetes é uma alternativa para popularizar a premiação.

Ao todo, a Academia recebe mais de 20 mil submissões todo ano. Destas, a Academia filtra em média de seis indicados em 84 categorias. Neste ano, os indicados serão divulgados no dia 20 de novembro. A cerimônia de premiação será televisionada no dia 26 de janeiro.