Atriz Tônia Carrero é velada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro
O corpo da atriz Tônia Carreiro está sendo velado no Theatro Municipal, no centro do…
O corpo da atriz Tônia Carreiro está sendo velado no Theatro Municipal, no centro do Rio. A atriz de 95 anos morreu por volta das 22h15 de sábado (3) após sofrer uma parada cardíaca na clínica São Vicente, na Gávea, na zona sul. O ato fúnebre teve início às 14h.
Netos, bisnetos e o filho, o ator e diretor Cecil Thiré, além de amigos da atriz participam de uma cerimônia íntima no teatro. Muito debilitado, o único filho da atriz chegou de cadeira de rodas ao velório. Em seguida, a cerimônia será aberta ao público. A cremação está marcada para às 15h de segunda (5), no Memorial do Carmo.
De acordo com a atriz Luisa Thiré, neta de Tônia, ela deu entrada no hospital para a realização de um procedimento cirúrgico considerado simples para tratar uma úlcera. “Ela foi internada ontem para um procedimento e durante a cirurgia ela teve uma parada cardíaca e infelizmente não resistiu. Ela tinha uma úlcera na região do sacro, uma coisa comum na idade dela”, disse em entrevista à Globo News.
“Infelizmente mais uma estrelinha no céu, essa avó maravilhosa, uma pessoa incrível, essa atriz sem tamanho, com uma importância para todo cenário do teatro, TV, Cinema, esse legado, esse caminho que ela abriu para nossa família”.
Luísa contou que a família ainda está decidindo o local do velório neste domingo e o corpo de Tônia deve ser cremado na segunda-feira para aguardar a chegada de dois netos da atriz que moram em Lisboa e Canadá.
TRAJETÓRIA
Nome artístico de Maria Antonietta Portocarrero Thedim, Tônia nasceu no Rio de Janeiro, em 23 de agosto de 1922, e foi uma das atrizes mais reconhecidas da segunda metade do século 20.
Tônia interpretou diversos personagens no “Grande Teatro Tupi”, de 1952 a 1960. Sua primeira novela foi “Sangue do Meu Sangue” (1969), de Vicente Sesso, na extinta TV Excelsior. No ano seguinte interpretou a personagem Cristina Cerdeira na novela “Pigmalião 70” exibida na Globo.
A atriz viveu Stella Fraga Simpson em “Água-viva” (1980), participou ainda de “Sassaricando” (1987), “Kananga do Japão” (1989), dentre outras. Seu último papel na TV foi o de Madame Berthe Legrand em “Senhora do Destino” (2004).
Ela atuou ainda no teatro e no cinema. No total, Tônia atuou em cerca de 50 peças nos 70 anos de carreira. Sua estreia no teatro foi em 1949, ao lado de Paulo Autran em “Um Deus Dormiu Lá em Casa”.
Teve um único filho, o também ator Cécil Thiré com Carlos Thiré. Tônia sofria de hidrocefalia (excesso de líquido no cérebro). Os primeiros sintomas da doença apareceram em 1999. Sua última aparição pública aconteceu em abril de 2011, quando foi ver uma peça estrelada pelo filho.