Banda DogMan lança álbum Homo Hominis Canis

Embora estejam na ativa desde 2012, a banda de hard rock goiana DogMan só lançou seu primeiro álbum autoral nesta segunda-feira (6). Apropriadamente entitulado Homo Hominis Canis, o disco possui uma arte de capa muito bacana, 10 músicas próprias e um cover bem elaborado de House of the Rising Sun.

Por cantarem em inglês e serem roqueiros, a banda não quis se arriscar com leis de incentivo e recorreu a uma fonte de financiamento muito mais interessante para tornar o disco realidade: os próprios fãs. Com o dinheiro arrecadado em campanha no Kickante, eles não apenas conseguiram gravar o disco como também o prensaram. Isso mesmo, além da versão digital, o álbum estará disponível em bolachão.

 

O disco foi produzido pelo baterista Rogério Paulo e é cheio de participações especiais de músicos locais, como Lipito Melo do Peixefante, Pedro Bernardi da Dry e Osmar Netto da Versário. Quem quiser conferir o álbum, já pode ouvi-lo no Spotify, Deezer, Apple Music, Amazon e Google Play.

Quem contribuiu com a campanha podia comprar um disco lá atrás, mas se você quiser seu LP agora, ainda dá tempo: eles estarão à venda a partir do dia 23, data na qual a banda faz o lançamento oficial com show na Diablo Pub, no Setor Sul. Mas e agora, vão cair na estrada? “Pra nós é beeeem complicado! Agendas muito difíceis! (risos)”, disse Haig Berberian que, com este nome Heavy Metal e uma barbona e cabelo de fazer inveja, só podia ser o vocalista e frontman do grupo.

Rogério, na verdade, é um homem de múltiplos talentos. Além de produzir o disco, ele também gravou o video clipe da banda e fez a arte de capa: “Foi feita também pelo nosso homem-prodígio Rogério Paulo, que além de compor várias das músicas, tocar bateria, gravar, mixar e masterizar o disco, ainda fez toda a arte gráfica. Ah, e o clipe de Desert foi filmado também por ele, juntamente com sua esposa Hevelyn Gontijo e a Carol Pasquali, baterista do Girlie Hell!”, conta Haig.

Composta por ele, Rogério, pelos guitarristas Túlio Caetano e Israel Wolf e pelo baixista Thiago Carlos, a banda bebe pesado de influências stoner sulistas dos EUA, como Black Label Society, Texas Hippie Coalition e Lynyrd Skynyrd. Haig disse estar extremamente feliz com o lançamento e recomenda fortemente para outras bandas o caminho do financiamento coletivo: “O financiamento vale muito a pena se seu trabalho for muito bom e se você tiver fãs/amigos/familiares bastante engajados. Tem que ralar muito na divulgação; não é fácil, mas compensa”.

E toda a banda tem motivo para comemorar. Não apenas porque o disco finalmente saiu, mas porque foi um longo e árduo processo de três anos desde a primeira gravação até o lançamento: “Duas das faixas do álbum foram gravadas em 2014, e uma em 2013, exceto pelo arranjo de cordas e vocais. Os últimos retoques foram feitos no final do ano passado, então pode-se dizer que da primeira à última faixa, foram 2 anos”.

Além de estar muito satisfeito com o produto final, Berberian comentou também sobre fazer a própria versão de House of the Rising Sun, um clássico do rock mundial, cuja versão mais famosa foi grava pelos Animals, nos anos 1960. “A ideia de fazer House of the Rising Sun foi do nosso baterista Rogério”, o mito, “e veio inspirada pela versão do White Buffalo, parte da trilha sonora da série Sons of Anarchy. Achamos que teria tudo a ver com nosso som. Demos uma cara bem nossa, bem pesada, e não tivemos que pagar nada, uma vez que a música é tradicional, sem autor conhecido”.