Belo tem liberdade mantida por desembargadores do TJ do Rio
Os desembargadores da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiram,…
Os desembargadores da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiram, por unanimidade, manter o habeas corpus concedido ao cantor Belo, 46. O artista segue, portanto, em liberdade, mas a investigação por ter feito show em uma escola pública durante a pandemia segue na 26ª Vara Criminal do Rio.
“O resultado pelo reconhecimento da ordem de habeas corpus em favor do cantor Belo só corrobora o que já vem sendo dito por esta defesa desde o momento da injusta prisão do cantor: a de que o mesmo foi vítima de uma grande injustiça e de uma prisão manifestamente ilegal”, disse, por meio de nota enviada ao F5 a defesa do músico.
O documento exalta ainda que a prisão do artista foi feita de maneira injusta. “A ilegalidade de sua prisão preventiva foi tão gritante, que em poucas horas o Tribunal de Justiça, após ouvir esta defesa, relaxou a injusta prisão e agora confirma a existência de ilegalidade de maneira unânime”. O comunicado se encerra reafirmando a inocência de Belo.
“Por confiar tanto na justiça, a defesa possui absoluta certeza e tranquilidade de que o julgamento desta semana é somente o primeiro passo da confirmação do que todos sabem: o cantor Belo jamais cometeu qualquer tipo de crime”, conclui.
Veja fotos da prisão de Belo no Rio de Janeiro; aqui
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Entenda o caso
Belo foi preso dia 17 de fevereiro pela Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, durante a Operação É o que eu Mereço, que recebeu esse nome em alusão a uma canção do pagodeiro. Ele é investigado pela realização de um show em uma escola pública estadual no Complexo da Maré, zona norte do Rio, durante a pandemia.
A apresentação começou na noite de sexta (12) e se estendeu até a manhã de sábado (13), dentro do Ciep (Centro Integrado de Educação Pública) Professor César Pernetta, e não teve autorização da Secretaria de Estado de Educação. Os responsáveis podem ser acusados de promover aglomeração e pela invasão.
Procurada, a Secretaria de Estado da Educação confirmou que não foi autorizado nenhum evento na unidade educacional no último final de semana e ressaltou que “desde o início da pandemia e a suspensão das aulas presenciais, a Seeduc não autorizou nenhum evento de qualquer natureza dentro de suas unidades escolares”.
Essa não é a primeira vez que Belo tem problemas com a polícia. O cantor já foi preso em 2002 após ser flagrado em escutas telefônicas conversando com Waldir Ferreira, o Vado, apontado pela polícia como gerente do tráfico na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio. Ele foi condenado a oito anos de prisão por associação ao tráfico.
Após passar um mês na prisão, ainda em 2002, ele foi preso em efetivamente em 2004, após recorrer em liberdade e depois de passar um período foragido. Ele cumpriu a pena em regime fechado de novembro de 2004 a março de 2006, quando teve concedida a prisão semiaberta.