‘Better Call Saul’: Criadores não pretendem fazer outro spinoff de ‘Breaking Bad’

Na próxima segunda-feira, a AMC vai estrear um dos episódios mais esperados da televisão em 2022: o final da série “Better Call Saul”, o spin-off de seis temporadas dos co-criadores Peter Gould e Vince Gilligan para o drama de sucesso “Breaking Bad”. Na turnê de imprensa de verão da Television Critics Association 2022, Gould e Gilligan disseram que não queriam exagerar no universo desses programas, mas não negaram a possibilidade de outra parcela.

“As metáforas de Vegas são provavelmente um erro, mas você simplesmente não pode continuar colocando todo o seu dinheiro no vermelho 21 repetidamente”, disse Gilligan. “Nós provavelmente empurramos para fazer um spinoff de ‘Breaking Bad’. Eu não poderia estar mais feliz com os resultados, e então fiz ‘El Camino’ [uma sequência de ‘Breaking Bad’], e estou muito orgulhoso disso, mas… é melhor você saber quando sair da festa.”

“Então, não tenho planos agora para fazer mais nada neste universo”, continuou ele, antes de acrescentar: “Sei que me perguntaram no final de ‘Breaking Bad’ e dei a mesma resposta. Tenho que provar a mim mesma que não sou um pônei de um truque só. Adoro trabalhar com essas pessoas – quero manter a banda unida não importa o que aconteça, mas com um universo diferente.”

Gould concordou, embora parecesse um pouco mais aberto a fazer outro projeto dentro do mundo de “Breaking Bad”.

O tempo total de execução de ambas as séries e do filme é “muito tempo, um grande investimento para pedir ao público”, disse Gould. “Eu não poderia estar mais feliz e orgulhoso do trabalho, mas como Vince, acho que há outras coisas que quero tentar. Dito isto, adoro Albuquerque. Eu amo Bob [Odenkirk]. Eu amo Rhea [Seehorn]. Eu amo Vince [Gilligan]. Então vamos manter o máximo da banda juntos, e também, nunca diga nunca. Quem sabe como nos sentiremos daqui a alguns anos?”

Embora os fãs devam esperar pelo final de segunda-feira, intitulado “Saul Gone”, para ter muitas de suas perguntas resolvidas, o penúltimo episódio “Waterworks” respondeu a uma grande: Kim Wexler (Seehorn) estava realmente viva durante os anos em que “Breaking Bad” aconteceu.

“Eu não acho que nós realmente, seriamente [consideramos matar o personagem]. Como você vai matar a queridinha da América? Você se lembra de ter falado sobre fazer isso?” Gilligan perguntou a Gould.

“Muito dessa série é sobre como você vive com o que fez. Como você vive a vida, em vez de terminá-la”, respondeu Gould. “Sabíamos muito cedo.”

Como Kim vive, o episódio também traz perguntas sobre como Kim se sente atualmente sobre Jimmy (Odenkirk) após os eventos de “Breaking Bad”.

“Eu absolutamente acho que ela ainda tem amor por Jimmy”, disse Seehorn durante o painel. “Mesmo no episódio comovente em que eles terminam, nunca foi porque ela não o amava. Não foi assim que ela chegou à decisão que tomou.”

Odenkirk compartilhou as ansiedades que sentia sobre como “Better Call Saul” seria recebido quando começou.

“Eu completamente compartimentalizei e ignorei esses tipos de sentimentos e medos”, disse ele. “Mas a primeira vez que me preocupei em manchar o legado de ‘Breaking Bad’ foi quando vi aquele outdoor subir depois que filmamos a temporada. ‘Oh, merda, nós fizemos um show que as pessoas vão realmente assistir.’ Estou tão acostumado a ser derrubado em Hollywood que você nem se preocupa com as pessoas assistindo e julgando.”

Aqui no Brasil, “Better Call Saul” é disponibilizado pela Netflix.