De volta

Beyoncé retorna aos palcos após gêmeos e faz história em Coachella com show inesquecível

Em quase duas horas de performance, o público foi agraciado com os maiores hits da cantora e se surpreendeu com participações especiais que pegaram todos de surpresa.

Agora foi a vez de Coachella testemunhar o fenômeno Beyoncé: primeira mulher negra a ser atração principal do festival, a cantora fez neste sábado (14) show que entrará para a história. Durante a apresentação surgiu a hashtag #beychella, combinando o apelido da cantora, Bey, com o nome do festival.

Em quase duas horas de performance, o público foi agraciado com os maiores hits da cantora e se surpreendeu com participações especiais que pegaram todos de surpresa. O show, que aconteceu em Índio, na Califórnia (costa oeste dos Estados Unidos), marcou a volta da diva pop aos palcos após o nascimento dos gêmeos, Rumi e de Sir.

Beyoncé chegou ao palco Piramyd a caráter: vestida como espécie de Cleópatra do século 21, acompanhada de uma banda militar e dúzias de músicos e dançarinos, com referência clara ao movimento Pantera Negra.

Um fato que chamou a atenção dos fãs foi a palavra estampada na camiseta da cantora: B?K, cujo caractere do meio representa a letra grega Delta, a quarta letra do alfabeto grego. Beyoncé adora o número quatro. Delta também se assemelha ao símbolo da mão “Roc”, que é sinônimo de Jay-Z há anos: B (beta) – Beyoncé, ? (delta) – quatro ou Roc, e K (kappa) – para Knowles.

A fantasia da abertura é substituída por shorts curtos e camiseta larga antes da primeira música, “Crazy in Love”, mas o tom político continuou e Beyoncé fez uma apresentação sobre excelência negra.

Dava para contar o número de brancos entre os cem dançarinos que a acompanhavam no palco, e ela citou trechos de discurso do líder Malcolm X. O empoderamento feminino também esteve em foco, com citação à escritora feminista nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie e a homenagem a cantora Nina Simone, uma das maiores divas da história da música e ativista dos direitos civis dos negros norte-americanos.

Mas não foi só engajamento que segurou o show: em dado momento, Kelly Rowland e Michelle Williams, com quem Beyoncé formou, até 2005, o grupo Destiny’s Child, subiram ao palco. As três, que não se apresentavam juntas desde 2015, cantaram os hits “Lose My Breath”, “Say My Name” e “Soldier”.

O show teve, ainda, presenças familiares: o marido Jay-Z fez dueto com Beyoncé em “Déjà vu” e sua irmã Solange Knowles entrou com tudo em “Get me Bodied”, dançada em sintonia pelas duas estrelas, que ainda cantaram “Single Ladies”.

Num dado momento, uma gravação do DJ Khaled dizia “Depois disso, o Coachella vai se chamar Beychella”. E não deu outra, a hashtag #beychella virou febre e surgiu imediatamente a pergunta inevitável: que banda se habilitará a fazer a abertura no ano que vem?