Bolsonarista, Sérgio Reis lamenta CD cancelado por divergências políticas e elogia Lula
Cantor diz que sobrinho de Dilma organizou protestos bolsonaristas: "Está no WhatsApp"
Comemorando 65 anos de carreira, o cantor Sérgio Reis, 82, concedeu uma entrevista ao portal F5 e creditou seu sucesso ao carinho e respeito com que trata o público. No papo, o sertanejo bolsonarista disse que está conformado com o cancelamento de um CD que lançaria com convidados, após vários deles desistirem de participar após um áudio que viralizou no ano passado, em que ele afirmava que caminhoneiros parariam o país até que o Senado afastasse os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de seus cargos. Entre os artistas que desistiram, estão nomes como Guilherme Arantes, Zé Ramalho, Maria Rita e Guarabyra.
“Eu fiquei triste pela beleza do disco que a gente ia fazer, as gravações foram magníficas”, disse.
Sérgio Reis diz que não guarda mágoa dos colegas que desistiram do projeto por “discordarem politicamente” dele. “Eu não vou mudar o meu pensamento, a democracia é assim, e a gente tem que aceitar”.
O sertanejo defendeu os manifestantes bolsonaristas que até hoje não aceitam os resultado das eleições. Segundo ele, a polícia prendeu pessoas “infiltradas” nesses protestos por praticar vandalismo. “Quem organizou isso foi o sobrinho da Dilma, que é PT. Está aqui no WhatsApp, eu mando para você, se quiser”, comenta o cantor, valendo-se de uma fake news.
Apesar de ser apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Sérgio Reis elogiou o presidente Lula (PT), a quem chama de amigo e fã, por tê-lo ajudado em seu primeiro mandato com uma verba de R$ 10 milhões para a construção de um pavilhão no Hospital do Amor de Barretos, referência no tratamento câncer —a instituição tem pavilhões com nomes dos artistas que contribuem.
O cantor revelou que sonha em fazer um musical no teatro contando a sua história, mas admite que realizar esse sonho é difícil porque precisaria de patrocínio. “Eu nunca usei Lei Rouanet, então está um pouco difícil para mim, mas tudo bem”, disse o músico, que faz parte de uma longa lista de sertanejos que já criticaram o uso da Lei Rouanet de incentivo à cultura.
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*Com informações do F5