Uma das figuras mais emblemáticas do rock brasileiro, Serguei morreu nesta sexta-feira, 7. Ele estava internado desde o dia 6 de maio no Hospital Zilda Arns, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada ao Estado pela Secretaria de Saúde do Governo do Rio de Janeiro.
O músico havia sido transferido ao Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Zilda Arns no dia 29 de maio, após uma piora na sua situação de saúde. Ele estava internado em Saquarema desde o início de maio com um quadro de desidratação, pneumonia e infecção urinária. Ele também tinha Alzheimer.
Nascido em 8 de novembro de 1933 no Rio de Janeiro, Sérgio Augusto Bustamente passou parte da adolescência nos Estados Unidos, e depois de alguns retornos ao Brasil (onde foi bancário e comissário de bordo), voltou à América da Norte tentar uma carreira na música — ele viveu no Village, em Nova York, dos anos 1960, e no final da década conheceu Janis Joplin, morou com ela em San Francisco e esteve presente no festival de Woodstock, em 1969.
Entre 1966 e 1970, lançou no Brasil cinco compactos por selos independentes e também participou do LP A Grande Jogada e Margarida, da gravadora Continental. Produzido por Nelson Motta, um de seus compactos também chegou a sair pelo selo Polydor, da Polygran.
São dessa época interpretações conhecidas, como Eu Sou Psicodélico e Maria Antonieta Sem Bolinhos. Em Eu Sou Psicodélico (de Carlos Cruz e Emanoel Rodrigues), por exemplo, Serguei canta numa entonação que lembra um mal comportado Roberto Carlos da Jovem Guarda, sobre uma base percussiva de bossa nova e metais.