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Cantor Tiago fala sobre cirurgia de aumento peniano: ‘Não me sinto inferior’

Cantor diz que expôs cirurgia para quebrar tabu e que gostou do resultado

Sertanejo comentou várias vezes sobre a cirurgia de aumento peniano (Foto: Reprodução Instagram)

Há cerca de um mês, o nome do cantor Tiago Hércules da Silva, 37 anos, tomou conta das rodas de conversa e redes sociais após ele anunciar que faria uma faloplastia, nome dado à cirurgia de aumento peniano. A coragem para divulgar algo de foro íntimo, que até mesmo anônimos hesitariam em compartilhar, veio do desejo de falar sobre o tema, que, nas palavras dele, “traz sofrimentos e tristeza para a vida de muitos homens e mulheres”.

“Desde quando fiz a operação, pensei em levar informações, na melhor intenção e quebrar, um pouquinho ao menos, desse tabu que disfarça muito preconceito”, argumenta o cantor. “Confesso que não vi problema algum e não me senti inferior em nada, já que tanto é feito com a evolução da medicina e procedimentos diversos que existem para ajudar as pessoas a se sentirem bem e felizes”.

Tiago conta que recusou diversos convites de emissoras de rádio e TV e também de portais de notícias para falar sobre a faloplastia, porque não queria que o assunto fosse banalizado, mas discutido de maneira leve, respeitosa e com a seriedade necessária. “Não tive a intenção de estimular promiscuidade ou incentivar coisas erradas. Nada disso”, pontua o músico.

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Vaidoso assumido, o cantor conta que foi essa característica que o levou a fazer a cirurgia, especialmente quando percebeu que não haveria risco para a qualidade de vida dele. “Tanta gente faz inúmeras coisas, mulheres mudam tudo, por que o homem não pode? Onde diz que isso é feio? Em que lugar está que nos desmerece? Não vi problema na ideia de melhorar”, defende Tiago, que, inclusive, usou as próprias redes sociais para tirar dúvidas de seguidores sobre o procedimento.

Ele conta que percebeu uma postura muito compreensiva das pessoas após ter exposto a cirurgia. “Já me emocionei diversas vezes por perceber tanta gente me defendendo nas redes sociais, com demonstrações de amor e respeito. É muito bom poder ter esse elo com o público”, diz.

Tiago falou sobre a impressão que tem do próprio órgão genital após a cirurgia. “Dentro do que fui buscar com o procedimento tive resultado sim. Eu gostei”, conclui.

SONHO DE CANTAR

Tiago sempre quis cantar. Ao menos é assim que ele lembra. Aos oito anos já fazia apresentações em igrejas e em festivais da cidade de Fartura, a 357 quilômetros de São Paulo. Aos 17, quando ainda tentava fazer a carreira artística acontecer, foi surpreendido com um AVC sofrido pelo pai, que o levou a assumir os negócios da família, mas sem desistir do que mais gostava de fazer: cantar.

Três anos depois, a vida dele mudaria ao participar da terceira temporada do Fama (Globo), da qual saíria campeão. O detalhe importante é que essa foi a primeira edição do reality musical na qual os participantes que seguiriam na atração eram escolhidos pelo público.

“Dois mil e quatro foi um ano muito importante para mim”, recorda Tiago. “Quem diria: sair de uma cidadezinha de 16.000 habitantes, ir parar na maior emissora de TV do país e ainda acabar o programa como vencedor. Impossível não acreditar que Deus esteve ao meu lado o tempo todo”.

Foi durante a participação no Fama que Tiago conheceu aquele que se tornaria seu parceiro musical, o goianiense Hugo Rosa dos Santos Alves, 39. “Não tinha a idéia de formar dupla, mas na época a Warner Music nos mostrou que a realidade não era tão favorável para artistas sertanejos solos”, diz.

“Hugo e eu tivemos uma proposta de formar uma dupla pelo fato de gostarmos muito de sertanejo e sempre estarmos cantando juntos durante as preparações para o programa. Isso acabou chamando a atenção da galera. Foi meio tenso do nada nos juntarmos”, relembra Tiago, destacando que o primeiro contato de ambos foi durante o reality. “Era um projeto de um ano que já dura 17 anos. Tinha que ser assim, era para ser assim”.

Mesmo que a dupla tenha emplacado sucessos ao longo da carreira como “Desculpa Se Te Amo” e “Ninguém Tem Nada com Isso”, além das canções “Oito Segundos” e “No Lugar Onde Eu Moro”, que integraram as trilhas sonoras das novelas “América” (2005) e “Paraíso” (2009), respectivamente, e tendo o facilitador de serem conhecidos do grande público, Tiago conta que eles enfrentaram dificuldades, sim.

“Não pensem que o troféu de ontem garante o sucesso de hoje, porque isso não é verdade!”, diz, se referindo ao próprio prêmio de forma metafórica. “É uma luta diária e aprendizados que nos mostram como viver de música é um conjunto de fatores. Não é o talento o ponto mais importante nos dias de hoje. Ele garante uma permanência na mídia, mas não é ponto determinante”, pondera, emendando sobre as dificuldades trazidas pelo isolamento social imposto pela pandemia.

“Além do medo da contaminação pela Covid-19, tivemos momentos muito complicados: tristezas em relação a falta de trabalho, prejuízos, noites sem dormir, preocupações, incertezas… até me arrepia pensar”, diz, ele, se mostrando otimista com o futuro. “Foi uma provação extrema, mas esses dias falei para o Hugo que se sairmos dessa pandemia juntos, nada mais irá nos derrubar”.

O principal desejo de Tiago para o pós-pandemia é que não apenas ele, mas todos consigam se refazer não só profissionalmente, mas no que concerne ao emocional e ao espiritual também. “Com a pandemia, entendemos que nada somos, que estamos na Terra de passagem. Que possamos começar 2022 com o pé direito. Aproveitem a família, as pessoas que você ama, seja uma boa pessoa, seja feliz! Isso sim é o que vale”.