Por personagem

Carolina Ferraz diz que Cássia Kis passou três anos sem falar com ela

"De repente me manda um telegrama pra me dizer que amou uma cena que fiz", disse a atriz

Carolina Ferraz acabou revelando que Cássia Kis ficou sem falar com ela por três anos enquanto explicava sobre sua personagem no filme ‘A Glória e a Graça’, no qual interpreta uma travesti.

Durante sua passagem pelo prêmio ‘Troféu Mulher Observadora’, em Recife, Pernambuco, onde foi homenageada, a atriz contava, em entrevista ao site Ego, que tentou fazer um personagem mais humano nesse longa, quando acabou falando da colega de trabalho. “Quando pensei nesse personagem, eu decidi que queria fazer um ser humano. Uma pessoa. Sem trejeitos e exageros. Sei que, por isso, vão gostar do meu trabalho ou vão acabar comigo, e eu estou sempre esperando o pior. Nunca nada foi fácil pra mim. A gente não tem mesmo uma cultura de ser generosos e de elogiar os outros”, disse.

Nesse momento, ela lembrou de uma passagem envolvendo Cássia, que reconheceu seu talento depois de um certo tempo. “Gente como a Cássia Kis é uma exceção. Ela é muito louca. Capaz de passar três anos sem falar comigo e de repente me mandar um telegrama pra me dizer que amou uma cena que fiz. Eu estou conseguindo e estou procurando ser mais generosa. Estou mais velha, acabei de ser mãe. Tenho procurado isso pra mim”, explicou.

Carolina também se comparou a Glória Pires na hora de falar sobre expressões faciais. “Eu não vou ficar a vida inteira um broto. Mas sei que sou considerada uma mulher que envelheceu direitinho. (…) Eu me cuido, eu como direitinho. Eu faço ginástica, cuido da pele, sou mulherzinha mesmo. Mas não sou freak. Não sou ligth. Quem vê o programa (‘Receitas da Carolina’, no GNT) sabe. Eu não gosto de doce. E eu não bebia até os 37. Comecei a beber há dez anos. Parei de fumar há anos. Isso tudo deve ter ajudado, né? A verdade é que hoje faço o exercício de bom humor. Mas nada é como era antes. Eu rio o dia inteiro. Mas nunca pus preenchimento. Podia estar cheia de ruga. Era para ser uma uva passa pelo tamanho da minha boca. Mas eu também tenho sorte. Vejo cada menininha novinha cheia de coisas na cara. Mas eu não posso mexer no rosto e ficar sem expressão. Eu não tenho a habilidade da Glória Pires para dizer tudo com o olhar. Eu mexo, eu rio, sou bem ‘italianona’ “, afirmou a veterana.

No fim da entrevista, Carolina ainda fez questão de falar que sofreu muito para engravidar de Isabel, sua filha mais nova que completará um ano no dia 8 de maio. “Eu tomei muito hormônio dessa vez. Fiz um tratamento barra pesada. Quando você casa com um cara que não teve filhos, você tem que embarcar nessa e se colocar no lugar dele. Então eu engravidei e perdi. Aí decidi ‘Vamos usar a tecnologia ao nosso favor’. Fui viajar, depois comecei o tratamento que estimula a ovulação. E posso dizer que tive depressão quando eu engravidei. Eu fiquei numa agressividade… Eu estava insuportável, ligava para o médico e chorava dizendo ‘eu estou mal. Eu era uma pessoa feliz’. O dia em que eu parei de tomar hormônio, tudo voltou ao normal. Tentamos engravidar de gêmeos mas não conseguimos. Não queria outra filha criada como filho único. Agora já foi… Não vai mais acontecer. Eu já sou meio uma mãe avó. Tenho uma permissividade com a Isabel que eu não tive com a Valentina. Mas foi a melhor coisa engravidar de novo. Alegria mais profunda. É uma delícia ter uma bebê em casa a essa altura. Fofa, sorridente, bonitinha e gorda. Tudo bom”, finalizou.