Justiça

Tribunal autoriza reabertura de casos de abuso sexual envolvendo Michael Jackson

Supostos abusos sexuais teriam acontecidos nas décadas de 80 e 90

No dia 18 de agosto, o Tribunal de Apelação do Segundo Distrito da Califórnia emitiu uma decisão que permite que Wade Robson e James Safechuck retomem seus processos judiciais relacionados a alegações de abuso sexual contra o ícone pop Michael Jackson. A decisão representa um novo capítulo na polêmica que cercou o legado do artista e sua conturbada vida pessoal.

O tribunal considerou que as empresas que administram o patrimônio de Michael Jackson não estão isentas da responsabilidade de proteger crianças de abuso sexual. A decisão revoga julgamentos anteriores que haviam sido favoráveis às corporações.

Wade Robson e James Safechuck estão em busca de indenização das duas empresas de entretenimento que, durante grande parte de sua existência, foram propriedade e operação exclusivas de Michael Jackson. Wade, que alega ter sido abusado por Jackson quando tinha cinco anos, ganhou notoriedade após vencer um concurso de dança e ser convidado pelo artista a se apresentar na Austrália. James Safechuck, por sua vez, afirmou ter sido abusado quando participou de um comercial da Pepsi com Jackson aos oito anos.

O documentário “Leaving Neverland“, lançado em 2019 pela HBO, trouxe as alegações de abuso sexual à luz pública. Nele, tanto Robson quanto Safechuck relataram de maneira semelhante como o suposto abuso ocorreu ao longo de vários anos, com pressões para que não revelassem o que estavam vivenciando.